Símbolos do PCC: Quais são? Como identificar?
No dia 31 de agosto de 1993, na Casa de Custódia de Taubaté, município de São Paulo, os integrantes de um dos times de futebol dos presidiários chamado “Partido do Crime da Capital” mataram os líderes que se opunham à unificação dos criminosos sob uma única bandeira.
Após o “golpe” perpetrado pelo grupo, este decidiu permanecer unido enquanto organização, passando a se chamar “Primeiro Comando da Capital”. Surge, assim, o PCC, um dos maiores grupos criminosos do mundo.
Alguns sinais foram criados para que membros da facção pudessem se identificar entre si, a fim de que pudessem entender quem era ou não inimigo de seus objetivos que, segundo consta em seu primeiro estatuto publicado, tinha como objetivo “lutar contra a opressão dentro do sistema carcerário”.
Um deles é o uso constante do número três.
Alguns usos do número 3.
O “1533”
À primeira vista estes números soam aleatórios e sem nenhum tipo de significado aparente. Porém, cada um destes se referem à posição de cada letra da abreviação do nome da organização no alfabeto. Assim, “15” é “P”, décima quinta letra do alfabeto e “3” remete à “C”, terceira letra que, na sigla, se repete duas vezes. Portanto, “1533” significa “P.C.C.” em numeral.
O número “3”
O número, além de remeter ao fato de que “PCC” possui 3 letras, é utilizado como sinal visual para identificação de membros da facção. Quando membros fazem um “3” com as mãos uns para os outros – a princípio, da maneira que acharem melhor – abre-se uma espécie de cadeado onde já subentendem que pertencem à mesma organização sem precisar expressar isso verbalmente.
Contudo, constantemente os símbolos de facção são utilizados para gerar provocações entre facções rivais. Não é incomum encontrar notícias de “inimigos” mortos por terem utilizado o sinal rival para fazer afrontas e ameaças na internet. Os sinais são levados muito à sério por esse tipo de organização.
“Tudo 3”
Quando uma pessoa pergunta à outra se ela está “tudo 3” e a outra corresponde dizendo que “sim”, duas coisas são entendidas.
A primeira é a de que ambas as pessoas pertencem ao “PCC”, que como é notório, usa bastante do “3” para comunicarem-se entre si. Outra é de que ambos estão bem, tranquilos e seguros. Assim, “tudo 3” nada mais é do que um sinônimo para “está tudo bem com você?” entre membros da gangue; uma espécie de gíria própria que só pode ser usada por eles. Quem não for do grupo e utilizar-se do “tudo 3”, corre sério risco.