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Era Vitoriana: Mulheres tinham arma secreta para se defender contra assédio

No livro “A Linguagem das Roupas”, Lurie descreve a opressiva vestimenta das mulheres vitorianas, que carregavam várias camadas de corpetes, anáguas e vestidos adornados com tecidos, fitas e contas. Quando essas mulheres saiam de casa, acrescentavam xales pesados, toucas e casacos decorados com penas, flores e véu. Para quem recorre aos registros dessa época, provavelmente admira a beleza das vestimentas, mas nem tudo que é bonito é confortável. As roupas chegavam a pesar em torno de quinze quilos.

Revisitar estilos históricos, como a Era Vitoriana, é interessante destacar elementos característicos desse período para a moda contemporânea. Nas passarelas, coleções e looks de influenciadores, é comum encontrar referências à moda do século XIX. As roupas dessa época eram volumosas, formas balão, mangas fofas, babados, rendas e golas altas, com tonalidades escuras que evocavam um romantismo obscuro.

Contudo, no início do período vitoriano, as mulheres usavam roupas que as faziam parecer vulneráveis e restringiam seus movimentos. As vestes eram pesadas, com mangas coladas e crinolinas, armações usadas sob as saias para dar volume. Além disso, as mulheres vitorianas usavam espartilhos, apesar de ser prejudicial à saúde, o espartilho era visto como uma necessidade para constituição feminina.

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A arma “secreta”

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No final do século XIX, a moda ditava cada vez mais a necessidade de penteados mais elaborados, cheios de adornos como laços, véus, flores e penas. Para que esses chapéus fossem resos aos cabelos, as mulheres tinham que usar alfinetes extremamente afiados que podiam medir mais de 30 centímetros e tinham detalhes em marfim, joias ou metal na base. Esses alfinetes, também eram conhecidos popularmente como “espadas”. Curiosamente, eles se tornavam uma verdadeira arma de defesa para as mulheres que seguiam a moda da época.

Voltando ao passado, era comum que as mulheres vitorianas usassem alfinetes como arma para se defender. Ao longo do tempo, surgiu um pânico em relação às “assassinas do alfinete”. Os jornais da época relatavam casos de pessoas mortas em conflitos ou acidentes envolvendo o uso de alfinetes.

“Se as mulheres querem usar cenouras e galos em sua cabeça, é problema delas, mas, quando o assunto é carregar espadas, têm que ser impedidas”, afirmou um anônimo numa reunião do conselho municipal de Chicago, em 1910.

Para tentar conter os acidentes, na época, leis foram aprovadas no mundo todo para limitar o uso dos alfinetes. Muitas mulheres preferiram enfrentar a lei do que deixar de andar armadas. Contudo, a arma “secreta” foi aposentada com o tempo pela moda, quando o uso dos chapéus foram substituídos depois da Primeira Guerra.

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