Caso Maria do Carmo: Farah Jorge Farah morreu usando roupas femininas
O médico Farah Jorge Farah, em 2014, apesar de condenado por ter matado Maria do Carmo Alves, quando removeu cirurgicamente as peles faciais, das mãos e pés da vítima, desaparecendo com suas vísceras e guardando os restos mortais em sacos plásticos no porta-malas de seu veículo, saiu pela porta da frente do Tribunal do Júri.
Ele tinha um habeas corpus conseguido por conta da demora na finalização de seu processo, tendo permanecido na cadeia de janeiro de 2003 até maio de 2007.
Com este documento, não poderia ser preso ainda que condenado. Sua ideia era recorrer da decisão definitiva em liberdade na esperança de que os juízes superiores reafirmassem que os jurados, mais uma vez, não levaram a sua semi-imputabilidade em conta na hora de dar o veredito. Isso já havia ocorrido antes, sendo o julgamento de 2014 o segundo sobre o visceral caso de Maria do Carmo.
Contudo, após recursos que duraram até 2017, desta vez a sentença foi confirmada e o dia em que o ex-marido da vítima tanto ansiava, havia chegado: Farah Jorge Farah deveria ser preso. Isso por que neste mesmo ano, o Superior Tribunal de Justiça entendeu, também com base em jurisprudência do STF, que condenados em segunda instância deveriam, agora, começar a cumprir provisoriamente sua sentença, determinando, assim, que o Tribunal de Justiça executasse a prisão do médico.
A morte inesperada
Quando os policiais chegaram à casa de Farah para realizar a prisão deste, o local encontrava-se fechado o médico não atendia a campainha.
Este comportamento era até esperado pela polícia, pois, naturalmente, Farah não teria motivos para facilitar sua própria prisão. Assim, a polícia acionou um chaveiro para que pudessem entrar e realizar o cumprimento do mandado que havia chegado.
Quando abriram o portão e caminharam até a porta de entrada da casa, era possível um ouvir uma música tocando baixo, meio fúnebre, no interior do imóvel. Aberta, então, a porta que dá acesso à residência de Farah, a música, conforme caminhavam no interior do imóvel, só aumentava, passando eles a gritar por Farah.
Sem resposta e com a música tocando ao fundo, os policiais decidiram subir ao segundo andar do prédio e, ao adentrarem no quarto do médico e olharem para a cama, o que encontraram foi uma cena de horror.
Farah Jorge Farah estava sangrando de maneira extremamente aguda pelas pernas, local que sabia ser o mais indicado para que morresse de hemorragia e, deitado de barriga para cima, vestia roupas femininas, estando inclusive com um aparente seio que antes não o tinha.
Em meio ao som fúnebre, ao se aproximarem de Farah, puderam constatar que o doutor havia injetado silicone em seus seios e nádegas, parecendo que tinha elaborado um ritual macabro para que pudesse morrer.
Tudo indicava que Jorge Farah ficou sabendo da expedição do mandado de prisão e, com isso, preferiu a morte do que o sistema carcerário novamente, retirando sua vida de maneira a chamar a atenção para si mais uma vez, assim como fez durante todo o processo envolvendo Maria do Carmo.
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