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Bandido da Luz Vermelha: Criminoso saiu da cadeia e dava autógrafos de forma inusitada

João Acácio Pereira da Costa, o famoso Bandido da Luz Vermelha, sempre fora excêntrico em toda a sua vida. No período em que estava livre para cometer seus roubos, estupros e assassinatos, era fascinado por andar bem vestido e mostrar para a sociedade paulistana que era bem sucedido e, acima de tudo, diferente.

Seu modo de andar era incomum, seu jeito de se comunicar estranhava e seu modo de resolver problemas também não era nada ortodoxo. Seu objetivo sempre foi chocar o seu entorno de alguma maneira enquanto vivia de seus crimes.

O fascínio pela cor vermelha foi desenvolvido em meio ao acessos de excentricidade e egocentrismo do homem, característica essa que o levaria à sua prisão em 8 de agosto de 1967 após fugir da capital paulista para a cidade de Curitiba. Ele nunca achou que seria pego e andava normalmente pelas ruas, ainda que tenha tentado se esconder quando viu uma foto sua nos jornais da cidade onde havia fugido.

Porém, reconhecido, logo foi capturado, oferecendo resistência, como era de se esperar.

Sua prisão e a fama após sua soltura

Durante os oito anos seguintes à sua prisão, João foi julgado e condenado por mais de 150 roubos à casas, além de mais de 100 estupros e 4 homicídios, somando-se, ao fim, em 351 anos de reclusão. Porém, à época no Brasil, não poderia haver cerceamento de liberdade em regime fechado por mais de 30 anos a nenhum condenado. Assim, a soltura de João Acácio estava prevista para o ano de 1997, quando este máximo seria atingido.

Sua soltura foi extremamente midiática, estando todos os veículos do país cobrindo o evento, distribuindo o bandido autógrafos para as pessoas na rua enquanto vestia vermelho, cor que idolatrava – ainda mais quando ganhou a alcunha de Bandido da Luz Vermelha pelos jornais.

Em seus autógrafos, porém, João não escrevia seu nome. Ele escrevia a palavra “autógrafo”, como se estivesse sendo genial quando assim o fizesse. Era mais uma de suas excentricidades, o que deixava claro que não havia mudado sua personalidade enquanto esteve preso.

Isso se mostrou verdade quando foi morto quatro meses depois por um pescador que lhe abrigou quando ninguém mais o queria. Na ocasião de seu fim, levou um tiro após ameaçar o irmão do homem com uma faca numa discussão que tinha como tema o fato de João Acácio ter assediado sexualmente a mãe a irmã do rapaz.

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