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Uma série de fatores causou a queda do Air France 447: saiba o que ocorreu

Recentemente, a companhia aérea Air France e a fabricante de aviões Airbus foram absolvidas da acusação de homicídio culposo após a queda do voo Air France AF447, que ia do Rio de Janeiro a Paris.

O avião caiu no dia 1º de junho de 2009, matando todas as 228 pessoas a bordo. O processo como um todo marcou a primeira vez que empresas francesas foram diretamente julgadas por homicídio culposo após um acidente aéreo, em vez de indivíduos.

O julgamento envolvendo as companhias reverteu uma decisão de 2019, que determinou a não apresentação de acusações contra nenhuma das empresas envolvidas na tragédia.

No meio do caminho entre o Rio de Janeiro e Paris, a aeronave da fabricante Airbus ficou em queda livre por quatro minutos durante uma tempestade no meio do oceano Atlântico. Os motores do avião estavam funcionando, mas as asas eram incapazes de captar ar o suficiente para seguir no ar.

As causas

A investigação conduzida pela França determinou que a tripulação do voo não soube lidar corretamente com a perda de leitura de velocidade depois que os sensores do avião foram bloqueados pelo gelo da tempestade.

Sem conseguir ler os dados, eles mantiveram o nariz da aeronave muito alto, o que causou um estol. O causado significa que a inclinação da aeronave impede que o ar circule sobre a parte superior da asa e faz com que o avião perca sua sustentação, o levando à queda livre.

No centro da discussão sobre o que aconteceu está o mistério do porquê uma tripulação tão experiente, que acumulava mais de 20 mil horas de voo entre eles, não conseguiu interpretar que o jato havia perdido a sustentação e que isso exigia a manobra básica de empurrar o nariz para baixo em vez de puxá-lo para cima, como fizeram durante grande parte do mergulho de quatro minutos em direção ao Atlântico.

O órgão francês que investigou o caso afirmou que a tripulação respondeu incorretamente ao problema de formação de gelo, bem como que os comandantes não possuíam o treinamento necessário para voar manualmente em alta altitude depois que o piloto automático da aeronave parou de funcionar.

A agência francesa também destacou sinais inconsistentes de uma tela chamada diretor de voo.


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