Contagem macabra: quantas vidas Charles Cullen realmente tirou?
No dia 22 de fevereiro de 1960, em Nova Jersey, nascia Charles Edmund Cullen. Ele foi criado em uma família católica irlandesa, e desde então a sua infância foi completamente miserável – ele perdeu o pai quando tinha sete meses e sofreu bullying durante toda a escola.
As maldades com o jovem Cullen realmente o afetaram de sobremaneira, a ponto de ter tentado se matar pela primeira vez – dentre as vinte totais – quando tinha apenas de 9 anos de idade, bebendo produtos químicos.
Como se isso já não fosse o bastante para uma criança, a mãe de Charles morreu em um acidente de carro enquanto ele estava no último ano do ensino médio, tendo de, em conjunto com o luto, lidar com o fato de que o hospital, sem lhe consultar, a cremou. Assim, ele perdeu totalmente o foco nas coisas boas, desistindo e se alistando na Marinha, onde passou por rigorosos exames psicológicos antes de servir em uma equipe responsável por alguns mísseis a bordo de submarinos.
No entanto, com o passar do tempo, sua saúde mental começou a se deteriorar mais uma vez, o que o levou a outra tentativa de suicídio. Ele recebeu uma alta médica adequada por volta de 1984.
Foi quando Charles, então, decidiu se matricular na Escola de Enfermagem do Mountainside Hospital em Montclair, Nova Jersey, onde conseguiu se sair tão bem que se formou como presidente de classe eleito em 1986. Ele passou os 16 anos seguintes trabalhando em um total de 9 estabelecimentos diferentes em todo o Garden State, bem como The Keystone State, e em quase cada um, ele machucou pelo menos um paciente.
Seu modus operandi consistia em, quase sempre, injetar nos seus pacientes uma dose letal de digoxina, insulina ou epinefrina.
Quantas vidas ele realmente tirou?
O enfermeiro Charles Cullen confessou para as autoridades ter tirado a vida de 29 pessoas, mas a estimativa dos investigadores é a de que o criminoso pode ter feito mais de 400 vítimas.
Em abril de 2004, ele se declarou culpado de 13 acusações de assassinato, mais duas acusações de tentativa de homicídio, em conexão com seu tempo em Somerville. Então, nos meses que se seguiram, o enfermeiro se declarou culpado de pelo menos mais nove assassinatos, bem como mais três tentativas de assassinato em todo o estado, fazendo com que seu tempo de sentença continuasse a acumular.
Charles, com o julgamento, acabou sendo condenado a um total de 18 sentenças de prisão perpétua consecutivas, mais 60 anos adicionais, que, hoje, ele está cumprindo na Prisão Estadual de Nova Jersey de segurança máxima em Trenton.