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10 crimes que chocaram o Brasil: Richtoffen, Nardoni e outros

Não é difícil ligar a televisão e encontrar um crime bizarro sendo noticiado. Crimes que chocam o país acontecem todos os dias, porém há sempre casos que se sobressaem sobre outros e ganham uma repercussão incomum na imprensa, fazendo com que a população os tenha na memória por um bom tempo, se não para sempre.

O sucesso de programas policiais explica o fascínio dos brasileiros pelo tema. Muitas horas das vidas das pessoas no país são preenchidas com o consumo de notícias criminais das mais variadas possíveis desde que acordam, sendo quase inevitável a transformação da tragédia alheia em entretenimento, como se o perigo não estivesse presente constantemente, até mesmo quando estamos em nossas casas.

Hoje, veremos dez casos brasileiros que ganharam as manchetes dos jornais e levaram o país inteiro a acompanhar os desdobramentos das investigações da mesma forma que acompanham uma série ficcional.

1. O Caso de Eliza Samúdio e do Goleiro Bruno

A modelo Eliza Samudio desapareceu em 2010, quando tinha 25 anos, e nunca mais foi encontrada, não se sabendo ao certo seu destino até os dias de hoje. Bruno Fernandes, então goleiro do Flamengo e pai do filho de Eliza, logo foi conectado ao caso, tendo sido julgado e condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato e ocultação do cadáver de Eliza, bem como pelo cárcere privado de seu pequeno filho com a mulher.

Hoje, Bruno está em liberdade condicional e atua no Clube Atlético Carioca.

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2. Caso Yoki (Elize e Marcos Matsunaga)

Em 19 de maio de 2012, o empresário pertencente à família dona da empresa de produtos alimentícios “Yoki”, Marcos Matsunaga, foi morto a tiros em sua mansão pela sua mulher, Elize Matsunaga. Já falecido, teve seu corpo esquartejado ainda no apartamento de quinhentos metros quadrados e colocado numa mala.

Imagens das câmeras de segurança do local mostraram Elize entrando no elevador horas após o crime, carregando três malas. Ela deixou o local de carro e retornou sem nenhuma delas.

Presa e posteriormente julgada, Elize foi condenada em dezembro de 2016 a 19 anos e 11 meses em regime fechado. Hoje, a condenada se encontra em liberdade condicional.

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3. O Caso Isabella Nardoni

Em março de 2008, a pequena Isabella Nardoni caiu da janela do 6º andar de um prédio em São Paulo, quando estava sob a responsabilidade de seu pai, Alexandre Nardoni, e sua madrasta, Ana Carolina Jatobá.

A partir das investigações, a polícia concluiu que Isabella foi agredida pela madrasta antes de ser arremessada pela janela pelo próprio pai. Em março de 2010, Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, um mês e dez dias de prisão, e Ana Carolina Jatobá a 26 anos e oito meses, ambos em regime fechado.

Atualmente, Alexandre cumpre pena no regime semiaberto desde 2019, enquanto Ana já possui o benefício desde 2017.

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4. O Caso Eloá

Em 13 de outubro de 2008, Lindemberg Alves Fernandes invadiu o apartamento onde a ex-namorada Eloá Pimentel morava e estava com três amigos – Nayara Rodrigues da Silva, Iago Vilera e Victor Campos -, mantendo sob cárcere privado todos que ali estavam por estar insatisfeito com o fim do relacionamento. Não demorou muito para que ele deixasse Iago e Victor saírem, ficando apenas com Eloá e Nayara.

No dia seguinte, às 22h50, o sequestrador libertou Nayara. Entretanto, em uma atitude aparentemente sem sentido da polícia, as autoridades pediram à jovem que voltasse ao cativeiro para ajudar nas negociações. O GATE e a Tropa de Choque da Polícia Militar explodiram a porta do apartamento que servia de cativeiro após 100 horas de negociação. No momento em que entraram, uma luta corporal começou após Lindemberg atirar em direção a Nayara e Eloá.

Nayara deixou o apartamento andando, ferida com um tiro no rosto. Eloá teve a morte cerebral confirmada às 23h30 do dia 18 de outubro. A jovem foi baleada na cabeça e na virilha.

Hoje, Lindemberg segue tentando na justiça a progressão para o regime semiaberto após ter sido condenado a 39 anos de prisão.

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5. O Caso de Liana Friedenbach e Felipe Caffé

Em novembro de 2003, Liana Friedenbach, de 16 anos, e Felippe Caffé, de 19, decidiram acampar juntos em uma floresta em Embu Guaçu, escondidos de seus pais. Lá, o casal foi capturado por Champinha e um amigo, por não ter dinheiro quando abordados no que era para ser um assalto.

Presos em uma casa, Champinha e mais três amigos abusaram sexualmente de Liana por alguns dias. Segundo investigou-se, Felipe Caffé morreu três dias antes de sua namorada com um tiro na nuca. Friedenbach morreu esfaqueada nas mãos de Champinha em um matagal próximo à casa onde estavam.

Todos os maiores de idade foram condenados; já Champinha, o menor e arquiteto de todo o plano, nunca foi a julgamento e passou três anos na Fundação Casa.

Em 2006, no entanto, a Justiça determinou a interdição civil de Champinha, que, segundo laudo do Instituto Médico Legal de São Paulo, tinha transtorno de personalidade.

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6. O Caso de Tim Lopes

Em 2002, foi a uma baile funk na favela da Vila Cruzeiro no Rio de janeiro investigar ilegalidades na comunidade, como a venda de drogas a céu aberto e bandidos portando armas de grande porte em livremente. Tim já havia produzido uma matéria sobre o assunto no Fantástico, da Rede Globo, tempos antes, estando Elias Maluco, então comandante da favela, procurando por quem havia feito filmagens as escondidas que revelavam rostos de criminosos.

No dia de sua morte, Tim foi percebido com uma câmera, sendo conduzido a local ermo para ser julgado pelo tribunal do crime. Condenado, foi morto com uma espada ninja por Elias, que o esquartejou ainda em vida e o queimou em seguida.

A mídia como um todo, como forma de homenagem à Tim, cobriu em massa a busca por Elias Maluco. Foram mais de 100h de conteúdo jornalístico divulgado nas televisões enquanto a polícia o procurava incessantemente por mais de três meses. Após descobrirem onde estava escondido, foram 50 horas de cerco policial até que decidissem capturá-lo. Elias foi preso sem oferecer resistência.

Elias foi encontrado morto em 22 de setembro de 2020 em sua cela um lençol enrolado em seu pescoço. No atestado de óbito, consta que a causa da morte foi “asfixia mecânica, enforcamento, compressão intrínseca no pescoço”.

O traficante já estava preso há 18 anos.

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7. O Caso de Suzane Von Richtoffen

Em 2002, Suzane Von Richtoffen arquitetou o assassinato dos próprios pais junto com o namorado Daniel Cravinhos e o irmão dele, Cristian Cravinhos. A motivação foi o fato dos pais da garota não aprovarem o namoro dos dois.

O crime aconteceu em São Paulo e foi inicialmente registrado como latrocínio. No entanto, as investigações começaram a apontar para os três, que acabaram presos e confessaram o assassinato. O julgamento aconteceu em 2006 e condenou Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos a 39 anos e 6 meses de prisão. Já Cristian Cravinhos recebeu a pena de 38 anos e 6 meses de prisão.

Hoje, Suzane está em regime aberto e faz faculdade de Biomedicina. Daniel também está em regime aberto e é casado com a biomédica Alyne Bento. Já Cristian teve progressão de pena para o regime aberto em 2017, mas voltou a ser preso novamente em 2018 e retornou para a prisão em Tremembé. Ele foi acusado de tentar subornar um policial, aumentando sua pena para 41 anos e 10 meses.

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8. O Caso do Ônibus 174

No dia 12 de junho de 2000, Sandro Nascimento fez reféns os passageiros do ônibus da linha 174 da Viação Amigos Unidos, na zona sul do Rio de Janeiro.

A ação foi acompanhada simultaneamente por todo o Brasil através da televisão e durou mais de quatro horas, terminando na morte de Geisa Gonçalves, uma passageira, e na de Sandro, quando este saiu do ônibus utilizando-a como escudo. Foi o tiro de um policial, que visava acertar Sandro, que matou Geisa.

Sandro foi morto dentro da viatura da Polícia Militar a caminho da delegacia após ter sido detido.

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9. O Caso do Maníaco do Parque

O motoboy Francisco de Assis Pereira, fingindo ser um agente de modelos, enganava mulheres atraindo-as para o Parque do Estado, em São Paulo, onde as estuprava e as matava em seguida. Com a repercussão do caso e a busca para saber a identidade do serial killer que matou, no mínimo, dez mulheres, o criminoso ficou conhecido pela alcunha “Maníaco do Parque”.

Foi preso em 1998 e em 2000 condenado a 268 anos de prisão.

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10. O Caso de Daniella Perez

Daniella Perez, com 22 anos em 1992 e filha da dramaturga Gloria Perez, foi assassinada por seu colega de novela, Guilherme de Pádua, e sua esposa Paula Thomaz na noite do dia 28 de dezembro. A motivação, em tese, teria sido porque Guilherme sentia que seu papel havia sido diminuído pela mãe da atriz na novela em que atuavam, atribuindo a Daniella este fato.

O julgamento do caso aconteceu, e ambos foram condenados por homicídio qualificado por motivo torpe, com impossibilidade de defesa da vítima. Guilherme foi condenado a 19 anos, e Paula a 18 anos e seis meses.

Guilherme de Pádua morreu de parada cardíaca em 6 de novembro de 2022. Já Paula Thomaz, após permanecer presa por seis anos, passou a cumprir sua pena em regime semiaberto e formou-se em Direito. Hoje, responde como Paula Nogueira Peixoto, sem o Thomaz, sobrenome de Pádua que tinha em razão do casamento, e acrescentando o do atual marido, o advogado Sérgio Rodrigues Peixoto, com quem teve mais uma filha e mora no Rio de Janeiro. Eles oficializaram a união em 2001.

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