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Reviravolta em caso de criança morta por PM após oito anos

O dramático caso que envolve a morte de Eduardo, um menino negro de 10 anos, baleado na cabeça por um policial militar no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, há mais de oito anos, passa por uma reviravolta surpreendente. 

O advogado João Pedro Accioly, impactado pela história contada por Therezinha de Jesus, mãe de Eduardo, subiu ao palco para oferecer assistência jurídica diante da ausência de resposta do Estado do Rio de Janeiro.

Erros encontrados pelo advogado

Accioly identificou erros no inquérito e no processo, apresentando uma nova petição com provas adicionais coletadas por Therezinha. O advogado destacou o preconceito que influenciou a investigação, onde a polícia, baseada apenas na palavra dos acusados, interpretou equivocadamente a situação como uma reação em legítima defesa a uma suposta agressão por parte de traficantes.

“Os braços do ministério público ficaram cruzados durante todo esse tempo, e havia provas novas que nós fomos capazes de reunir, inclusive vídeos inéditos que não haviam sido analisados pelas investigações,” enfatizou Accioly.

O caso, após mais de oito anos, foi reaberto pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. A expectativa é que os responsáveis sejam responsabilizados não apenas para reparar a injustiça, mas também para enviar uma mensagem clara de que todas as vidas importam, independente de sua origem ou condição social.

A Polícia Militar do Rio afirmou que o caso foi apurado pela corregedoria e enviado à justiça militar em 2019, e que os agentes envolvidos seguem no serviço militar sem impedimentos jurídicos. O tiro fatal foi disparado por um PM, mas as investigações anteriores concluíram que os policiais agiram em legítima defesa durante um confronto com traficantes naquele dia. Terezinha de Jesus nunca aceitou essa versão e, após anos de luta, vê uma nova chance de justiça surgir para o seu filho Eduardo.

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