Jovens são acusados de formar quadrilha de agiotas que movimentou R$ 19 milhões
Na última quinta-feira (30), parte dos envolvidos em uma quadrilha responsável por movimentar pelo menos R$ 19 milhões com agiotagem em Franca, em São Paulo, teve suas prisões preventivas decretadas pela Justiça. O juiz Ewerton Meirelles Gonçalves, da 2ª Vara Criminal, aceitou a denúncia do Ministério Público contra os dez investigados na Operação “Maré Alta”.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) teve cinco pedidos de prisão aceitos, enquanto uma mulher grávida foi mantida em prisão domiciliar. Quatro acusados receberam liberdade provisória, sujeita ao cumprimento de medidas cautelares. O juiz destacou a gravidade dos fatos apurados e fundamentou as prisões no risco que representariam para as investigações.
Réus da operação Maré Alta
Os réus enfrentam acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro e usura. O esquema incluía um líder do grupo que concedia empréstimos a taxas de juros exorbitantes, chegando a 40% ao mês. Além disso, membros eram apontados por realizar cobranças com violência e ameaças. Algumas pessoas ligadas à facção criminosa, atuante dentro e fora dos presídios, também foram acusadas, assim como financiadores dos empréstimos.
Natã Simões Leal, Jean Cardoso da Silva e Douglas de Carvalho Rosa, apontados como executores do grupo, foram detidos preventivamente. Além de atuarem na captação de clientes e cobranças violentas, esses membros são investigados por envolvimento na movimentação financeira ilegal.
Marcela de Pádua Lima, descrita como a “mutualista” da quadrilha, teve sua prisão preventiva substituída por domiciliar devido à gravidez. André de Oliveira Venâncio, André Augusto Ferreira Ribeiro, Rodolfo Lomônaco Arantes e Gustavo Migueletti, apontados como financiadores, foram liberados provisoriamente com restrições.