Família é presa por suspeita de golpes acima de R$ 500 milhões
Na última quarta-feira (13), uma ação da Polícia Civil resultou na prisão de quatro membros da mesma família sob suspeita de causar prejuízos que ultrapassam R$ 500 milhões a vítimas em todo o Espírito Santo.
A Operação Xampu II, realizada em Iguape, zona rural de Guarapari, desmantelou uma trama de fraudes envolvendo a compra e venda fraudulenta de veículos de luxo, utilizados como investimento na empresa de cosméticos da família.
Golpes da família
Os presos foram identificados como Isaac Gabriel Borin Borges, Leonardo Quilqui, Luzildo Adeodato Borges, e Cláudia Cristina Borin Borges. A ação, além das prisões, incluiu o bloqueio de R$ 5 milhões nas contas dos investigados e empresas vinculadas ao grupo criminoso, determinado pela Justiça.
Os suspeitos foram encaminhados inicialmente para a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e, posteriormente, para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para exames de delito. Entretanto, na manhã seguinte (14), foi informado que três dos quatro presos foram liberados pela Justiça.
A ação policial incluiu mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos.
Segundo a apuração da repórter Tarciane Vasconcelos, da TV Gazeta, os golpes eram realizados mediante a compra de carros de luxo com cheques sem fundo, que, após a posse, eram revendidos abaixo da tabela FIPE, proporcionando vantagem financeira aos criminosos.
A investigação revelou que os veículos eram registrados em nome de terceiros, sem o conhecimento destes, indicando uma rede complexa de crimes que prejudicou outras vítimas.
Parte do dinheiro obtido era direcionado para o investimento na empresa familiar de cosméticos, avaliada em R$ 50 milhões em maquinário industrial. Além disso, os suspeitos utilizavam outro empreendimento familiar para a prática de lavagem de dinheiro.
A origem da investigação remonta a setembro, quando foram apreendidos R$ 62 milhões em cheques, R$ 11 mil em dinheiro, armas, notas promissórias e eletrônicos na residência de seis pessoas.
Na época, R$ 7 milhões em veículos foram bloqueados pela Justiça como medida para ressarcir as vítimas, mas nenhum suspeito foi preso.