Na última quarta-feira (13), a Polícia Civil desvendou um esquema de atestados médicos falsos conduzido por um estudante de enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
A descoberta ocorreu durante uma operação em Florianópolis destinada a investigar pichações na instituição de ensino superior.
Operação descobre atestados falsos
A operação, liderada pela Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), inicialmente tinha o objetivo de apurar a autoria das pichações na UFSC.
Entretanto, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, os agentes depararam-se com uma surpreendente descoberta: blocos de atestados médicos provenientes de diferentes hospitais, além de carimbos de distintos profissionais da saúde.
O suspeito, estudante de enfermagem da UFSC, não apenas confessou sua participação nas pichações com mensagens antissemitas ocorridas em novembro de 2022 no Centro de Ciências da Saúde (CCS), mas também revelou que sua ação tinha o objetivo de encobrir o esquema fraudulento de atestados médicos.
As ameaças e a presença de uma suástica nas dependências do CCS em novembro do ano passado geraram grande comoção na comunidade acadêmica. Agora, a polícia desvenda a conexão entre esse ato de intolerância e o esquema criminoso, destacando a complexidade da situação.
O estudante de enfermagem possuía blocos de atestados médicos subtraídos de diferentes hospitais e utilizava carimbos variados, criando uma rede de documentos falsos.
A operação, destinada a apurar um crime, acabou por revelar um esquema mais amplo, envolvendo falsificação de documentos e ações que prejudicavam a integridade da comunidade hospitalar.
A Polícia Civil continua a investigação para identificar outras possíveis conexões e desdobramentos desse esquema, ao mesmo tempo em que a UFSC avalia possíveis medidas disciplinares e legais contra o estudante envolvido.
