Uma situação de extremo descontentamento com o atendimento médico chocou pacientes, funcionários e acompanhantes no Hospital de Emergência de Resende, no Rio de Janeiro, na tarde da última quarta-feira (20).
Uma mulher, insatisfeita com o tratamento oferecido à sua irmã, invadiu a recepção do hospital com o carro, causando pânico e destruição. O incidente foi registrado por câmeras de segurança, evidenciando o momento em que a motorista, visivelmente irritada, adentra a área da recepção com seu veículo, rompendo a porta de vidro do hospital.
Reclamação sobre hospital
Por mais de 10 metros, o carro percorre o interior da unidade, por pouco não causando ferimentos a pacientes e funcionários presentes.
A mulher, visivelmente transtornada, saiu do veículo protestando veementemente contra o atendimento. O caso teve início quando a irmã da motorista, vítima de uma contusão no joelho, retornou ao hospital por volta das 15h, após ter sido atendida inicialmente ao meio-dia.
A paciente, que sofre de obesidade, teve que ser transportada no porta-malas do carro pela própria irmã, que se recusou a aguardar a ambulância do Samu.
O incidente não interrompeu o funcionamento normal do hospital, e a limpeza dos destroços foi prontamente realizada. Contudo, o caso levantou questionamentos sobre a qualidade do atendimento e os protocolos adotados pelo hospital.
Inicialmente, a prefeitura, responsável pela administração da unidade médica, afirmou que no primeiro atendimento não foram identificadas fraturas, apenas escoriações, e a paciente foi liberada. No entanto, após alegações de familiares sobre a necessidade de cirurgia devido a uma fratura, a prefeitura anunciou a abertura de uma sindicância para investigar o ocorrido.
A Polícia Civil classificou o episódio como proposital, levando à prisão em flagrante da motorista por dano qualificado e direção perigosa. O delegado responsável destacou a intenção da mulher de descontar sua raiva no hospital, colocando em risco diversas pessoas.
A motorista passará por audiência de custódia para determinar se responderá em liberdade ou terá a prisão preventiva decretada. A fiança ainda não foi arbitrada, aguardando a audiência para avaliação do risco à sociedade.
