Sequestro do Voo 375: relembre caso chocante de sequestro no Brasil
O filme brasileiro O Sequestro do Voo 375, dirigido por Marcus Baldini, roteirizado por Lusa Silvestre e Mikael de Albuquerque, chega aos cinemas para recontar um episódio aterrorizante que marcou o Brasil em 1988: o sequestro de um avião lotado da VASP.
O protagonista dessa trama real é Raimundo Nonato Alves da Conceição, na época com 28 anos, movido pela frustração diante da realidade econômica do país. Seu plano inicial era realizar um atentado ao Palácio do Planalto, a sede do Poder Executivo, onde o então presidente José Sarney exercia seu mandato.
Desfecho do Voo 375
Em uma época em que os aeroportos não contavam com detectores de metal antes das salas de embarque, Raimundo conseguiu embarcar no Vasp 375, que partiu de Rondônia com destino ao Rio de Janeiro, e com quatro escalas programadas: Cuiabá, Brasília, Goiânia e Belo Horizonte.
No trecho final da viagem, entre Belo Horizonte e o Rio de Janeiro, Raimundo anunciou o sequestro, ordenando aos pilotos que desviassem em direção a Brasília com a intenção de colidir a aeronave contra o Palácio do Planalto. Durante o ato, ele invadiu o cockpit e matou o copiloto Salvador Evangelista por tentar contato com o controle de tráfego aéreo.
Diante do desespero, o piloto tomou uma decisão arriscada: executar uma manobra conhecida como “tonneau”, um giro completo da aeronave, numa tentativa de desequilibrar o sequestrador. Posteriormente, realizou uma queda em parafuso de nove mil próximo ao Aeroporto Internacional de Goiânia.
Ao sair da aeronave, Raimundo usou o comandante Murilo como escudo, mas a Polícia Federal interveio e acabou baleando o sequestrador.