Médico pagava pela pele tatuada de criminosos para colecionar
No universo intrigante das tatuagens, um médico japonês, Masaichi Fukushi, se destacou como o maior colecionador de peles tatuadas do mundo. Entre os anos de 1878 e 1956, ele desenvolveu uma peculiar coleção ao entrar em contato com presidiários condenados à morte, oferecendo-lhes um acordo singular.
Masaichi não apenas nutria um fascínio por tatuagens, mas também tinha a habilidade e o desejo de preservar essa forma de arte de maneira única. Sua abordagem, no entanto, era extraordinária e, por vezes, controversa. Ao conquistar a confiança dos presos, ele propunha um acordo peculiar: pagaria pela “compra” das tatuagens após a execução.
Médico colecionador de tatuagens
A gentileza do médico ao tratar os presos gerou uma relação peculiar, na qual alguns aceitaram a oferta financeira e deram sua “autorização” para que Masaichi pudesse remover suas tatuagens após a morte.
O processo era inusitado e levantava questões éticas, mas, de certa forma, criava um vínculo peculiar entre o colecionador e seus “fornecedores”.
Ao longo dos anos, Masaichi acumulou uma impressionante coleção de mais de 2 mil peles tatuadas. O destino dessas obras de arte corporal era um museu de Patologia em Tóquio, onde permanecem até os dias atuais.
No entanto, o acesso à coleção é restrito, permitido apenas a médicos e pesquisadores interessados em explorar as complexidades médicas e artísticas das tatuagens.
A história do Dr. Masaichi Fukushi levanta questionamentos sobre os limites éticos da preservação artística, enquanto ao mesmo tempo destaca a singularidade e a beleza que ele via nas tatuagens.
Sua coleção continua a intrigar e inspirar, deixando uma marca única na interseção entre medicina, arte e criminalidade.