Alerta sobre possível super mosquito da dengue está deixando o Brasil inteiro com medo
Em 2023, certos Estados do Brasil passaram a usar uma espécie de supermosquito Aedes aegypti para combater o aumento de casos de dengue. O caso aconteceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que está utilizando de mosquistos machos modificados em laboratório para tentar evitar proliferação da doença.
Na época, dez caixas de mosquitos modificados geneticamente foram instaladas em uma área do hospital ,de aproximadamente 25 mil m², onde cada uma poderia criar cerca de dois mil mosquitos. Na prática, os ovos de Aedes ageypti modificados em laboratório são guardados nas cápsulas. A modificação genética, por sua vez, faz com que o animal produza uma proteína que acaba matando as fêmeas – responsáveis pela transmissão da doença – no prazo de dois dias. Quem sobrevive são apenas os machos, que são inofensivos.
Luciana Medeiros, coordenadora de operações de campo dos programas de saúde na Oxitec, empresa responsável pela tecnologia, explica o caso. “Lá dentro da célula, uma proteína seja produzida em alta escala. Com isso, as outras proteínas, que seriam essenciais para aquela fêmea sobreviver, não são produzidas. Então ela nasce, do nascimento dela ainda existe alguma coisa para que ela consiga sobreviver nas próximas horas, e daí ela morre em até dois dias”.
Governo do RJ decreta epidemia de dengue
Já na última quarta-feira (21), o Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, decretou epidemia de dengue no estado. Ao todo, já são mais de 49 mil casos notificados, onde quatro pessoas morreram. “Decidimos decretar a epidemia. Achamos que essa ação é importante para podermos trabalhar com tranquilidade e que não falte nada para a população”, explicou.
Enquanto isso, o Brasil se aproxima dos 700 mil casos prováveis de dengue, com 122 mortes confirmadas pela doença. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. A pasta ainda investiga se outras 456 mortes têm relação com a doença, e chega ao número impressionante de 688.461 de prováveis casos.
O coeficiente de incidência da doença é de 339 casos a cada 100 mil habitantes, onde 55% dos casos prováveis são mulheres entre 30 e 39 anos. Nessa situação, 73.424 casos são de mulheres e 61.032 diagnóstico totalizam os homens.