Rede de tráfico de migrantes é desmantelada: Atuavam no Canal da Mancha
Uma das redes “mais importantes” de tráfico de migrantes foi desmantelada no último dia 21 de fevereiro após uma grande operação internacional. O grupo organizava travessias no Canal da Mancha, como detalhou a Europol sobre o caso.
Ao todo, 19 pessoas foram detidas na Alemanha na operação, que contou com a participação de autoridades da Fraça, Bélgica e Alemanha. A investigação durou um ano e meio e se concentrou em uma “rede iraquiana-curda suspeita de transportar da França para o Reino Unido migrantes irregulares do Oriente Médio e da África Oriental”.
Na prática, a rede cobrava entre 1 mil a 3 mil euros, o equivalente a R$ 5.345 a R$ 16.035, na cotação atual, por uma vaga a bordo. As condições de viagem não eram das melhores, já que os botes infláveis foram descritos de “má qualidade”. Por este meio, era feito um tráfico ilícito de imigrantes que, em 2021, “se tornou o modus operandi mais utilizado”, “superando o tráfico de caminhões”.
Mais de 250 pessoas são presas por tráfico de migrantes
Em dezembro do ano passado, mais de 250 pessoas foram presas em uma operação contra o tráfico de migrantes no continente americano. Ao todo, forças de segurança de 33 países atuaram na chamada Operação Turquesa V, realizada entre os dias 27 de novembro de 1 de dezembro, com o apoio da Interpol e Europol, além da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
A ideia é desarticular atividades de grupos criminosos que administram rotas migratórias para os Estados Unidos e Canadá. Foram efetuadas 257 prisões, onde também 163 potenciais vítimas foram resgatadas e quase 12 mil migrantes irregulares de 69 nacionalidades foram identificados.
O secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, emitiu um comunicado sobre a operação. “O número de nacionalidades detectadas durante a Operação Turquesa V demonstra como este importante corredor migratório (…) se tornou um objetivo para os grupos criminosos de todo o mundo”, disse.