A notícia que chocou o Brasil. No auge da carreira, a lenda da música brasileira, a banda de rock Mamonas Assassinas, desaparecia num trágico acidente aéreo na volta de mais um show da turnê que correu o Brasil. A aeronave que transportava a banda chocou-se com a Serra da Cantareira no fim da noite de sábado, em 2 de março de 1996, a poucos minutos do pouso em Guarulhos, cidade natal dos Mamonas.
Na ocasião, todos os tripulantes morreram instantaneamente, sendo eles: Dinho, os irmãos Samuel e Sérgio, Júlio e Bento), o piloto Jorge Luiz Germano Martins, o co-piloto Alberto Yoshihume Takeda e dois assistentes dos artistas, o ajudante de palco Isaac Souto Schuri Lambers e o segurança Sérgio Saturnino Porto.
De forma trágica, não apenas a carreira foi interrompida no acidente, mas também os sonhos. Para quem ficou, a saudade é constante. Valéria Zopello, ex-namorada de Dinho, vocalista da banda, recentemente compartilhou momentos preciosos com o cantor, abrindo seu coração para reviver as lembranças que tiveram juntos.
A saudade
A ex-namorada do vocalista da banda Mamonas Assassinas compartilhou uma homenagem para o seu eterno amado e ainda relembrou alguns momentos dos dois nas suas redes sociais.
“Saudade é resultado de amor! Saudade é ter para sempre, eternamente, o gostinho da alegria e de dias únicos e especiais, ao lado de pessoas que não podem mais estar presentes”, escreveu a fotógrafa em uma longa reflexão sobre a falta que o antigo companheiro faz em sua vida, em uma publicação em seu perfil no Instagram.
Na homenagem, Valéria revela que seu sentimento não é mais como uma “ferida aberta”, mas conta que ainda é surpreendida pelas lembranças que tiveram juntos, lembras essas que muitas vezes são recordadas por meio das músicas dos Mamonas Assassinas.
“[A saudade] Vem ao seu encontro em uma tarde qualquer, quando ouve-se ao longe alguma festa, com pessoas rindo e cantando juntas aquela trilha sonora! A trilha sonora da sua vida!”, disse.
“Te pega de surpresa em uma foto, em uma carta que estava escondida no fundo da gaveta, em um sonho super realista, ou até mesmo, quando em silêncio, revisita-se o passado!”, continua a fotógrafa em sua reflexão sobre a saudade. Na conclusão, ela diz que irá conviver com este sentimento para sempre.
Valéria finaliza: “Saudade essa, que é bem minha! Muito minha! E que jamais abrirei mão dela, enquanto eu viver!”.
Momentos
De fato, uma preocupação que Valéria pode deixar de lado é quanto ao amor que compartilhou com Dinho. Durante sua vida, o vocalista era um romântico incurável. Em inúmeras ocasiões, que não eram poucas, ele expressou abertamente seu profundo amor pela sua amada.
Na época da tragédia, Valéria e Dinho planejavam dar um passo a mais no namoro. “Nossa vida já estava traçada: casar no fim deste ano, acompanhar o grupo na próxima turnê e ter um filho”, disse ela em um entrevista concedida para a Folha de S. Paulo em 1996, um mês após a morte do artista.
Valéria Zopello, com 49 anos, iniciou sua carreira como modelo. Depois da morte de Dinho, ela chegou a trabalhar como atriz, nos anos seguintes foi piloto de automobilismo e morou na Itália por alguns anos.
Atualmente, Valéria se dedica à fotógrafa profissional. Além disso, ela é proprietária de um orquidário localizado na Serra da Cantareira, a mesma região onde ocorreu o trágico acidente envolvendo a banda.