Quadro delicado de Faustão repercute a importância da doação de órgãos
Faustão está enfrentando uma batalha. Com a saúde prejudicada, o apresentador foi diagnosticado com insuficiência cardíaca. Com uma deterioração significativa de seu estado de saúde no domingo, dia 20, o apresentador entrou na fila do SUS para realizar um transplante de coração.
“Ele encontra-se sob cuidados intensivos e, em virtude do agravamento do quadro, há indicação para transplante cardíaco. O paciente está em diálise e necessitando de medicamentos para ajudar na força de bombeamento do coração”, informa.
Na nota divulgada pela equipe médica, o cardiologista Fernando Bacal e Miguel Cendoroglo Neto, Diretor Médico e Serviços Hospitalares, esclarece que “Fausto Silva já foi incluído na fila única de transplantes, regida pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que leva em consideração, para definição da priorização, o tempo de espera, a tipagem sanguínea e a gravidade do caso”.
Ainda na espera, o caso do apresentador despertou outro assunto pouco falado: a doação de órgãos.
Doação de órgãos
No Brasil, mais de 35 mil pessoas estão na fila de espera por transplantes. O país é a referência global nessa área, possuindo o maior sistema público de transplantes do mundo, segundo o Ministério da Saúde.
O Sistema Único de Saúde (SUS) financia cerca de 96% dos transplantes realizados em todo o país. Em termos absolutos, o Brasil é o segundo maior realizador de transplantes no mundo, ficando atrás somente dos EUA.
Os pacientes recebem cuidados abrangentes e gratuitos, incluindo exames preparatórios, cirurgias, acompanhamento médico e medicamentos pós-transplante, por meio do sistema público de saúde.
O que é doação de órgãos?
A doação de órgãos e tecidos é um ato de solidariedade em que cedemos partes do nosso corpo para auxiliar no tratamento de outras pessoas.
Isso inclui órgãos como rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão, assim como tecidos como córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue do cordão umbilical.
Alguns tipos de doação, como rim, parte do fígado e medula óssea, podem ocorrer em vida. Já a doação de órgãos de pessoas falecidas só ocorre após a confirmação da morte encefálica, geralmente resultante de acidentes com traumatismo craniano, acidentes vasculares cerebrais (AVCs) ou outros eventos que levam a essa condição.
Como se tornar um doador?
Doador Vivo: Qualquer pessoa saudável pode doar um rim, parte do fígado, medula óssea ou pulmão. Parentes até quarto grau e cônjuges podem doar sem autorização judicial; não parentes requerem autorização judicial.
Doador Falecido: Pacientes com morte encefálica, frequentemente devido a traumas cerebrais ou AVCs, podem doar órgãos após confirmação do diagnóstico.
Quem não pode ser um doador de órgãos?
Para a doação, critérios mínimos são essenciais, incluindo causa de morte e ausência de doenças infecciosas ativas. Pessoas sem documentação ou menores de 18 anos sem consentimento dos responsáveis não podem ser doadoras.
Por que existem poucos doadores de órgãos?
Os motivos são vários. Contudo, a predominância é a baixa taxa de autorização da família do doador.