Silvana Oliveira, a mãe da cantora Ludmilla, publicou um vídeo para rebater os ataques racistas contra a filha. Porém, em um dado momento da gravação, a empresária não deixou de citar Luana Piovani – que havia feito duras críticas à cantora durante um evento da Fórmula 1, em que ela cantou o hino.
“Quando aconteceu o problema do hino, uma coisa que não foi culpa dela, mas não foi um crime. Mas aí vi um monte de gente branquinha apontar o dedinho, falar, bater no peito”, disse no vídeo. “Cadê a brasileira Luana Piovani, por exemplo?”.
Para a mãe de Ludmilla, Piovani é uma pessoa influente, que “tem voz” e poderia pedir para que esses ataques racistas cessassem. “É uma pessoa que tem voz, poderia vir aqui pedir para racistas pararem, dar uma trégua. Você pode fazer isso, minha irmã?”, continuou. “Se você puder, titia agradece. Porque no dia do hino, a senhora veio com tudo, com todo seu brasileirismo. Cadê agora, não tem?”.
Ludmilla denuncia ataques racistas
No Dia da Consciência Negra, celebrado na segunda-feira (20), Ludmilla fez uma publicação para denunciar os comentários racistas que recebe diariamente do público.
“Mais um ano em que, na teoria, o mês de novembro faz com que o mundo nos olhe e ouça mais. Acontece que, na prática, veio à tona, nos últimos dias, um recorte do racismo que sofro em minha rotina, principalmente depois que me tornei artista. Um ódio gratuito jogado em mim por perfis racistas ‘vestidos’ de fãs, que nem de longe lembram o público que gosta de música de verdade”, escreveu.
Ludmilla afirma que sua equipe jurídica atua para identificar os responsáveis pela “enxurrada de ataques”. “Quem tem que falar ou mostrar a cara é quem faz isso, assim, impunimente. Exausta é pouco, mas não vou recuar – continuarei existindo e brilhando, doa a quem doer – e mais uma vez deixo aqui registrado: não há o que celebrar no dia 20 de novembro”.