A chocante história da mãe que anunciou a venda dos seus 4 filhos
Em agosto de 1948, uma fotografia estampou manchetes nos jornais dos Estados Unidos, chocando a nação. A imagem mostrava uma mãe, com o rosto coberto pela mão esquerda, na entrada de sua casa com seus quatro filhos, entre 2 e 6 anos de idade.
A cena era um retrato da crise financeira pós-Segunda Guerra Mundial enfrentada por diversas famílias americanas. Publicada inicialmente pelo jornal “Vidette-Messenger” de Valparaiso, Indiana, a foto ilustrava a desesperadora situação da família Chalifoux, que, sem recursos para manter o aluguel, estava prestes a ser despejada.
Repercussão da imagem da mãe
A repercussão da imagem trouxe uma onda de solidariedade à família. Empresas, fundações e pessoas ofereceram ajuda, incluindo moradia, trabalho e assistência financeira. No entanto, após o abandono do patriarca em 1949, a mãe, Lucille Chalifoux, tomou a mesma decisão: vender os filhos.
O filho mais novo, David, foi adotado por Harry e Luella McDaniel em 1950. Em 2013, David concedeu uma entrevista ao “The New York Times”, relatando uma vida bem tratada e sua trajetória no serviço militar.
RaeAnn e Milton, irmãos mais velhos de David, foram vendidos a um casal que os escravizou em uma fazenda em Indiana. Sujeitos a abusos físicos e psicológicos, ambos enfrentaram situações desesperadoras.
RaeAnn foi sequestrada aos 17 anos e, após doar o bebê fruto do estupro, fugiu da fazenda para reconstruir sua vida. Milton, diagnosticado com esquizofrenia, encontrou estabilidade após anos de tratamento.
Sue Ellen, levada por um casal chamado Johnson, faleceu em 2013 devido a uma doença pulmonar. Lana, enviada a uma fazenda em Wisconsin, foi “readotada” por Lucille na adolescência, sendo vítima de uma história complexa até seu falecimento por câncer em 1998.
Apesar do sofrimento, alguns irmãos tiveram a chance de se encontrar com Lucille na vida adulta. David, embora sua mãe nunca tenha pedido desculpas, acredita que ela merece perdão. Já Sue Ellen expressou sua dura opinião sobre a mãe biológica: “Ela deve estar queimando no inferno.”