A Garota Desaparecida do Vaticano (Emanuela Orlandi): jornalista do documentário morreu de forma misteriosa
No dia 19 do mês passado morreu, aos 70 anos, o famoso jornalista italiano Andrea Purgatori, um dos principais profissionais a acompanhar o desaparecimento de Emanuela Orlandi no Vaticano.
A autópsia do corpo do jornalista indicou que ele morreu vítima de uma isquemia cerebral. O resultado foi anunciado pelos advogados da família, que disseram, no entanto, que inicialmente só será possível confirmar ou desmentir quaisquer hipóteses após novas análises periciais, previstas para ocorrer em 6 de setembro.
A família sustenta a alegação de que ele teria sido vítima de tratamento inadequado e de um erro de diagnóstico em uma clínica na cidade de Roma, onde tratava um câncer.
O Ministério Público abriu uma investigação por homicídio culposo e apura as circunstâncias da morte.
O envolvimento no caso Emanuela
O jornalista sempre fora o principal defensor de que a gangue italiana “Magliana”, com o intuito de pressionar a Igreja à devolver o dinheiro que tinham enviado para financiar o anticomunismo polonês, sequestraram a menina, teórica vítima de importunação sexual de um influente cardeal próximo ao Papa. A ideia era usar o estupro da menina como chantagem para que a quantia fosse devolvida.
Contudo, o Vaticano, segundo ele, com medo de ter o segredo revelado e sua credibilidade arruinada, agiu dolosamente ao se manter passivo mediante o sequestro da pequena cidadã, passando indiretamente a apoiar o que a gangue havia feito.
“A única explicação [do sequestro] para mim é que ela tinha um grande segredo que poderia ter criado um enorme escândalo [para o Vaticano]”, afirmava o jornalista.