A solidão deixa as pessoal mais velhas biologicamente?
Em março deste ano, um estudo desenvolvido pela Mayo Clinic, uma das maiores instituições de saúde dos Estados Unidos, mais uma vez reforçou que a solidão pode ter consequências muito negativas na vida das pessoas. A pesquisa deu sequência a uma série de teorias, relatando que a escassez de conexões sociais significativas acarreta em riscos à saúde física e mental, tanto em casos imediatos como em casos mais longevos.
O cerne da pesquisa, publicada em março no Journal of the American College of Cardiology: Advances, é justamente o envelhecimento da população a partir da solidão. De acordo com a Mayo Clinic, pessoas isoladas socialmente aparentam ser biologicamente mais velhas.
A empresa desenvolveu um sistema de comparação entre o Índice de Rede Social com o eletrocardiograma com IA (IA-ECG). Assim, os pesquisadores conseguiram analisar um grande número de dados.
Ao todo, mais de 280 mil adultos receberam atendimento ambulatorial entre junho de 2019 e março de 2022, sendo incluídos na pesquisa da clínica. Cada um destes preencheu um formulário relatando possíveis variáveis em sua condição e autorizaram o armazenamento de seus IA-ECG por um ano.
Com esses dados, foi possível realizar um cruzamento entre duas informações: a idade que os pacientes aparentavam ter e sua idade real. Ao adicionar a base de dados de questões sociais, os pesquisadores tiveram resultados mais precisos.
Para tornar isso ainda mais claro, a clínica realizou outra pesquisa, apresentando os resultado do procedimento IA-ECG. Tal exame resulta na representação da idade biológica do coração. Dessa forma, é possível ver se há um envelhecimento biológico acelerado ou mais lento.