O brutal assassinato do adolescente Bruno Ávalos, de 17 anos, chocou a cidade de Deodápolis, a 249 quilômetros de Campo Grande. O jovem foi executado após ser vinculado erroneamente a um suposto caso de estupro na localidade.
Os suspeitos, integrantes de uma facção criminosa, filmaram a execução e divulgaram o vídeo nas redes sociais. O crime ocorreu no sábado (13), mas a confirmação só ocorreu na última segunda-feira (15). No entanto, durante a tarde, a Polícia Civil esclareceu que o estupro não aconteceu.
Execução do adolescente
A execução teria sido encomendada pelo pai da suposta vítima do estupro, que buscou comparsas para vingar a filha. O pai e outros quatro suspeitos de envolvimento no assassinato foram presos.
O grupo sequestrou um tio de Bruno para atrair o jovem a uma emboscada. Ligaram para Bruno, que, buscando salvar o familiar, compareceu ao local combinado. No entanto, ao chegar, foi surpreendido e brutalmente executado.
Toda a ação foi filmada, mostrando um dos suspeitos cortando o pescoço da vítima, enquanto outro desferia vários golpes.
As imagens chocantes foram compartilhadas em grupos de WhatsApp associados a uma organização criminosa. O tio de Bruno, efetivamente sequestrado, permaneceu no local após o crime. Após algumas horas, ele conseguiu escapar e imediatamente denunciou o crime à Polícia Militar.
Uma força-tarefa conjunta das Polícias Civil e Militar foi montada para capturar os cinco suspeitos. Um deles, responsável pelo corte no pescoço da vítima, foi encontrado na rodoviária da cidade enquanto tentava fugir para São Paulo.
Ao ser detido, não demonstrou arrependimento. Todos os cinco presos confessaram participação no brutal assassinato, que levanta questões sobre a urgente necessidade de combate à disseminação de informações falsas e a ação de linchamentos públicos.
