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Aids no Brasil: desigualdades raciais e sociais evidenciadas nas mortes

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (30), em antecipação ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids, em 1º de dezembro, revelam que cerca de 11 mil brasileiros morreram de Aids em 2022. 

A preocupação aumenta ao constatar que os negros representam quase o dobro de brancos nas estatísticas, com 61,7% das mortes, sendo 47% pardos e 14,7% pretos. Em contraste, os brancos representaram 35,6% do total.

Dados sobre Aids no Brasil

O boletim epidemiológico também destaca que foram registrados 43.403 casos de HIV no ano passado, com a estimativa de um milhão de pessoas vivendo com o vírus no Brasil. Desde 2007 até junho de 2023, foram notificados 489.594 casos de infecção, com a maior incidência entre homens na faixa etária de 25 a 39 anos, liderada pela região Sudeste, seguida pelo Nordeste, Sul, Norte e Centro-oeste.

A Dra. Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde, destaca a necessidade de reduzir a inequidade no Brasil, enfatizando que a maioria dos afetados são jovens, especialmente meninos negros. O diretor do Departamento de HIV/Aids, Draurio Barreira, ressalta a importância de combater o estigma e a discriminação, tornando o acesso ao tratamento, diagnóstico e profilaxia mais inclusivo.

A desigualdade também é evidente nas estatísticas de tratamento, com índices mais altos entre pessoas brancas e com alta escolaridade, apontando para desafios significativos que precisam ser superados para alcançar uma abordagem mais abrangente e justa no sistema de saúde

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