Anitta revela abuso aos 14 anos e diz que ‘criou uma persona’ após trauma
Anitta abriu o jogo sobre a sua vida pessoal e contou, em entrevista, sobre como lidou com um forte de trauma que sofreu, quando ainda tinha 14 anos de idade. Foi para a Vogue Arábia que a cantora afirmou ter criado uma ‘persona’ após ser vítima de abuso.
O crime teria sido cometido por um namorado de Anitta na época. “Depois da minha experiência de ser abusada, para me defender, criei esta persona que não tem medo de nada. Porque sempre nos culpamos quando essas coisas acontecem, mesmo que não devêssemos fazer isso”, revelou. Com o caso, a artista diz ter criado a personagem Anitta, ‘substituindo’ a Larissa – seu nome de batismo.
Essa, inclusive, não é a primeira vez que a voz de Funk Rave fala sobre o assunto. Para o documentário Anitta: Made in Honório, que foi ao ar em dezembro de 2020, a cantora expôs pela primeira vez o caso. No relato, ela afirma que o rapaz com quem namorava era uma pessoa autoritária. “Eu tinha medo dele (…). Não sei, eu era diferente quando eu era adolescente, eu não era do jeito que eu sou hoje em dia”, analisa.
Anitta revela que foi vítima de estupro
Bastante emocionada, Anitta deu seu relato sobre o abuso. “Ele estava muito nervoso, muito estressado, e eu estava com bastante medo das reações dele quando ele estava estressado, e eu acabei perguntando se ele queria ir pra um lugar só nós dois”, descreveu. De lá, o rapaz questionou se Anitta tinha certeza da decisão, ao passo que hoje ela argumenta: “Hoje eu tenho plena certeza que eu falei sim porque eu estava morrendo de medo do estresse dele.”
“Quando cheguei lá, eu percebi que não era certo eu fazer aquilo por medo nem nada. E falei que não queria mais. Mas ele não ouviu. Ele não falou nada. Só seguiu fazendo o que ele queria fazer. Quando ele acabou, ele saiu, foi abrir uma cerveja e fiquei olhando pra cama cheia de sangue”, continuou.
Atualmente, Anitta conta que faz pouco tempo desde que percebeu que o estupro não foi sua culpa. “Parei de achar que eu causei isso pra mim. E eu sempre tive medo do que as pessoas iam falar: ‘Como ela pode ter sofrido isso e hoje ser tão sexual, ser tão aberta?’. Eu não sei.”.