Assassinato de transsexuais tem números alarmantes em 2023: Só cresce
Foi divulgado o relatório anual da Associação Nacional de Travestis e Transexuais, o qual denunciou que o número de pessoas trans assassinadas no Brasil cresceu em 2023. Para se ter noção, foram 145 casos ao todo, de acordo com o levantamento da própria instituição.
Para se ter noção, o ano de 2022 registrou 131 assassinatos. Os dados vieram a público no último dia 29 de janeiro, o Dia Nacional da Visibilidade Trans – data que ajuda a alertar e ressaltar pautas voltadas à comunidade trans no Brasil.
Ainda segundo o levantamento, a maior parte das vítimas são mulheres trans ou travesti, representando 94% do total, sendo essas a maioria preta ou parda. Além disso, a média de idade é de 30 anos, onde 54% delas viviam na prostituição. Outro dado alarmante é que a idade das vítimas também vem diminuindo – ao passo que, em 2023, a pessoa mais nova assassinada tinha 13 anos de idade.
Número pode ser ainda maior
Vale lembrar que a Antra afirmou que o número pode ser ainda maior, já que os dados oficiais sobre a violência contra a população trans e travesti no Brasil não existem. As circunstâncias dos assassinatos também chocam, já que 54% deles são com requintes de crueldade.
Esse é o 15º ano em que o Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo inteiro, ficando à frente do México e dos Estados Unidos em um levantamento feito pela ONG Transgender Europe, que monitora 171 ações ao todo.
São Paulo foi o estado com mais registros (19 casos ao todo), apresentando um amento de 73% em relação a 2022. Logo atrás está o Rio de Janeiro, com 16 casos, mostrando o dobro de assassinatos em comparação ao ano anterior. A alta também foi comprovada no Ceará, terceiro colocado, que contabilizou 12 assassinatos.