Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro adota câmeras corporais
Desde o dia 8 de janeiro, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro implementa o uso de câmeras nos uniformes de seus policiais durante operações.
A medida, que já havia sido estabelecida por decreto do Governo do Rio em julho de 2023, atende à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e visa aumentar a transparência nas ações das tropas de elite da polícia.
A expectativa é que, em breve, policiais atuantes nas vias expressas também estejam equipados com câmeras.
Decisão do uso das câmeras
O sistema de monitoramento, independente e acionado automaticamente, permitirá que o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) acesse as imagens em tempo real, mesmo sem autorização do agente.
Essa medida visa aprimorar a apuração de incidentes, como o ocorrido em Parada de Lucas, onde três suspeitos foram mortos durante uma ação do Bope.
As câmeras já foram implantadas em outros batalhões em maio de 2022, cobrindo 1.637 policiais militares de oito batalhões e uma companhia destacada.
Inicialmente, o Governo do Rio tentou impedir a instalação nos agentes do Bope e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), alegando riscos à segurança dos policiais.
No entanto, o ministro Edson Fachin, do STF, negou o pedido, determinando a implementação das câmeras em todas as unidades policiais fluminenses, com cronograma e prioridade para operações em favelas.
O novo sistema busca garantir transparência e acesso aos dados para o Ministério Público, Defensoria Pública e familiares de possíveis vítimas dos agentes de segurança.