No último dia 1º de dezembro, as autoridades brasileiras barraram a entrada de um homem de 38 anos com passaporte egípcio no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Identificado como K.B.K.E., o viajante chegou do Cairo, passando por Roma, com visto de negócios/turismo.
As autoridades agiram após alertas dos serviços de inteligência dos Estados Unidos, indicando sua possível ligação com grupos terroristas. Apesar de não haver informações específicas sobre o grupo ao qual o indivíduo estaria vinculado, a Polícia Federal considerou sua presença uma potencial “ameaça à segurança nacional”.
19 pessoas impedidas no Brasil
Durante a abordagem, o homem revelou ter sido recusado na Argentina no ano anterior e parado no Canadá, mas evitou detalhar sua estadia no Brasil. Após a avaliação das autoridades brasileiras, ele foi repatriado no mesmo dia, escoltado até o voo de retorno para Roma.
Este caso assemelha-se ao de S.A.B., um cidadão com passaporte marroquino, cuja entrada foi negada no Aeroporto de Guarulhos em 12 de julho, após suspeitas de vínculos com grupos terroristas originadas de fontes de inteligência.
Em 2023, pelo menos outros 17 estrangeiros foram impedidos de entrar no Brasil devido a suspeitas semelhantes, conforme relatos de autoridades com acesso a informações de inteligência. Não há indicações de que esses indivíduos planejavam cometer crimes no país.
O Brasil, segundo especialistas, tornou-se um destino intermediário para aqueles associados a grupos terroristas que almejam alcançar, principalmente, os Estados Unidos.
Entre os estrangeiros repatriados neste ano, havia cidadãos com passaportes de Bahrein, Síria, Somália, Turquia e Marrocos. Uma fonte anônima indicou que o número de recusas de entrada aumentou em 2023 em comparação com anos anteriores, embora não exista um banco de dados para uma análise detalhada de tais casos. O acesso às informações de inteligência permanece restrito.
