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Candomblecista opera coluna e sai com tatuagem queimada no braço

O carioca Jorge Adão, de 49 anos, planeja processar o Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF), no Rio de Janeiro, por danos morais.

Adão alega ter sofrido intolerância religiosa por parte da equipe médica após ter seu braço queimado durante uma cirurgia na coluna, afetando uma tatuagem dedicada ao orixá Ogum.

Entenda o que aconteceu

O incidente ocorreu em agosto do ano passado, durante uma cirurgia que durou nove horas. Ao acordar da sedação, Adão percebeu que seu braço estava coberto de bolhas e a pele se soltava.

O paciente afirma que o médico responsável pelo pós-cirúrgico não soube explicar a situação, enquanto o cirurgião que realizou o procedimento atribuiu a queimadura a uma reação química da tatuagem.

O caso ganhou notoriedade quando Adão participou do quadro Papo de Rua, no jornal RJTV, da Globo. O carioca relata que, ao sair da sede do Ministério Público Federal (MPF), foi abordado pelo jornalista Chico Regueira.

O HSF nega as acusações de intolerância religiosa, alegando que o acidente ocorreu devido a um desvio da descarga energética do bisturi elétrico próximo ao acesso venoso do paciente.

Em dezembro de 2022, o MPF recomendou ao hospital que elaborasse um protocolo de atendimento para pacientes praticantes das religiões de matriz africana.

O HSF, que criou um comitê de diversidade e inclusão em resposta à recomendação, nega qualquer ato de intolerância religiosa.

Adão, que passou por tratamento com outro cirurgião plástico credenciado pelo plano de saúde para reverter parte da sua tatuagem, classifica a cicatriz resultante como “horrorosa”.

Ele pretende processar o hospital por danos morais, destacando que a queimadura de segundo grau profunda afeta não apenas o físico, mas também a sua alma. O HSF afirma que o paciente recusou o acompanhamento de um cirurgião plástico oferecido pela instituição sem custos adicionais.

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