Caso da morte de Santiago Andrade aguarda depoimentos de 6 testemunhas
O júri popular dos réus Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza, acusados pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, aguarda o depoimento de seis testemunhas.
Santiago foi atingido por um rojão durante uma cobertura jornalística no Rio de Janeiro, em 2014. Os réus respondem por homicídio doloso qualificado por emprego de explosivo, com pena prevista de 12 a 30 anos de prisão.
Sentimentos da família
A viúva, Arlita Andrade, expressou a emoção da família e a espera por justiça. “Nossa felicidade é que ele pôde salvar cinco pessoas através dos órgãos”, disse ela. O júri, presidido pela juíza Tula Corrêa de Mello, da 3ª Vara Criminal do Rio, busca esclarecer as circunstâncias do incidente que resultou na morte do cinegrafista.
A filha da vítima, Vanessa, destacou o sofrimento da família e a importância do julgamento de quase 10 anos após o ocorrido. “Quem matou Santiago não pode sair impune. A minha família precisa voltar a viver, esse pesadelo precisa ter fim”, afirmou ela.
A advogada Carolina Heringer, representante da família de Santiago, argumentou que os réus assumiram o risco de matar ao atirarem o rojão durante um conflito entre manifestantes e policiais. Para as defesas, a morte foi uma fatalidade, e não houve intenção de causar dano.
O julgamento, originalmente previsto para 2019, foi suspenso após um habeas corpus devido à ausência de imagens da câmera do cinegrafista. As defesas dos acusados reforçam que não houve intenção de matar, e os réus aguardam o desfecho do processo.