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Caso de criança estuprada e carbonizada em 1973 ainda não foi solucionado

No dia 18 de maio de 1973, o Brasil foi marcado por um dos crimes mais chocantes de sua história: o caso Araceli Cabrera Sánchez Crespo. Aos oito anos de idade, Araceli foi sequestrada, drogada, estuprada e morta de maneira brutal, deixando um legado de dor e um mistério que perdura até os dias de hoje.

O crime aconteceu em Vitória, no Espírito Santo, e seu corpo foi encontrado carbonizado, desfigurado, em um trágico desfecho que chocou a nação. O caso Araceli se tornou símbolo da luta contra a violência infantil e da busca por justiça.

Investigação sobre o caso

Meio século transcorreu desde o dramático episódio que marcou o destino de Araceli Cabrera Sánchez Crespo, uma trama repleta de tragédias, alegações e reviravoltas judiciais. Nilson Santanna, o perito designado para o caso, revelou que Araceli sofreu traumas enquanto viva, sendo posteriormente sedada, lançando luz sobre a crueldade que marcou seu trágico destino.

Dante Filho e Helal foram apontados como responsáveis pelos abusos e homicídio, enquanto o pai, Dante Michelini, foi acusado de permitir o cárcere da garota. O veredicto inicial feito pelo promotor do caso, Wolmar Bermudes, os condenou, mas apelações resultaram em absolvições pelas instâncias superiores.

O juiz de primeira instância, Hilton Silly, enfatizou a ausência de provas materiais, baseando a condenação em testemunhas e circunstâncias. Mesmo inocentados, parte da população capixaba permaneceu indignada com a família Michelini por anos.

A indignação encontrou expressão em protestos para renomear a Rua “Dante Michelini” em Vitória, mesmo após a absolvição. Em 2013, quando o caso completou 40 anos, manifestantes buscaram alterar o nome da rua, reforçando seu repúdio.

O legado de Araceli transcende a tragédia pessoal, influenciando a esfera nacional. Seu caso inspirou a criação do Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual contra Crianças, em 18 de maio, marcando o dia de seu sequestro. Araceli, mesmo ausente fisicamente, permanece como símbolo de justiça e luta contra a violência infantil no Brasil.

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