Caso Julieta Hernández: venezuelana brutalmente assassinada
A tristeza envolve a comunidade artística e cicloativista após o brutal assassinato de Julieta Hernández Martinez, de 38 anos, conhecida carinhosamente como “Palhaça Jujuba”.
A venezuelana, que pedalava pelo Brasil há oito anos como parte do grupo “Pé Vermêi”, foi encontrada morta após ficar 14 dias desaparecida, em Presidente Figueiredo, interior do Amazonas.
Crime brutal
Julieta, que tinha decidido retornar ao seu país de origem para rever a mãe, teve seu corpo e partes da bicicleta localizados nas proximidades de um refúgio onde estava hospedada. Seu desaparecimento ocorreu na mesma cidade, localizada a 126,8 km de Manaus pela BR-174.
A artista circense e bonequeira, reconhecida por suas apresentações e réplicas em miniatura, estava em uma jornada de cicloviagem desde 2019, percorrendo mais de nove estados brasileiros. O último contato com a equipe aconteceu em 23 de dezembro de 2023, quando informou estar a caminho da Venezuela.
No entanto, a viagem foi tragicamente interrompida. No dia 5 de janeiro de 2024, seu corpo foi descoberto em uma área de mata, e a polícia confirmou a identidade no dia seguinte.
Um casal, cujos nomes não foram divulgados, foi preso como suspeito do crime. Ambos confessaram, apresentando versões distintas.
A mulher admitiu ter matado Julieta durante um acesso de ciúmes, alegando que testemunhou o companheiro estuprando a vítima após roubo de pertences. Por outro lado, o homem afirmou que, sob efeito de drogas, a companheira jogou álcool neles e ateou fogo, culminando na morte da venezuelana.
Além da violência extrema, o crime foi marcado pela crueldade, pois a assassina roubou o celular, as roupas de Julieta e, perturbadoramente, continuou postando fotos nas redes sociais com as vestimentas da artista.
O delegado Valdinei Silva informou que, inicialmente, os suspeitos enfrentarão acusações de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.