Caso PC Farias: quem matou o conselheiro de Fernando Collor?
Paulo César Farias, conhecido como PC Farias, foi figura central e controversa na política brasileira durante a década de 1990. Tesoureiro e coordenador da campanha de Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente eleito após a ditadura militar, PC Farias ganhou destaque como principal conselheiro de Collor, apesar de não ocupar um cargo público formal no governo.
Em maio de 1992, o cenário político foi abalado por denúncias explosivas de corrupção, apontando PC Farias como líder de um esquema de desvio de verba pública estimado em 1 bilhão de dólares. As acusações desencadearam uma intensa busca policial pelo tesoureiro, que se tornou um fugitivo internacional.
Fim trágico para PC Farias
O início da saga de PC Farias como fugitivo é digno de um roteiro de Hollywood. Utilizando documentos falsos e se passando por um príncipe árabe, PC percorreu diversos países, escapando das autoridades brasileiras, Polícia Federal e Interpol. Seu paradeiro era incerto, e a fuga alimentava as manchetes dos jornais.
Apesar de posteriormente ter sido capturado, a saga de PC Farias não terminou com sua prisão. Após ser solto e agendar depoimentos sobre os esquemas de corrupção no governo Collor, PC Farias foi encontrado morto em sua própria casa. Naquele trágico 23 de junho de 1996, o corpo dele foi descoberto na cama que dividia com Suzana, sua namorada. A notícia chocou o país, marcando o fim abrupto de uma figura polêmica que havia sido tesoureiro e coordenador da campanha do então presidente Fernando Collor de Mello.
Sua morte levantou uma questão crucial: quem matou PC Farias? Na semana de seu assassinato, PC Farias estava programado para depor em uma CPI, onde prometia revelar os nomes dos empresários que alimentavam os esquemas corruptos no governo Collor. Os autores materiais do assassinato foram identificados anos depois, mas o mistério persiste em torno do autor intelectual e suas verdadeiras motivações. O caso de PC Farias permanece como um dos enigmas não solucionados na história criminal do Brasil.