Em um caso que chocou o Japão, Takahiro Shiraishi, apelidado de “assassino do Twitter”, foi condenado à morte após assassinar nove pessoas e manter suas cabeças como troféus. O jovem de 30 anos foi preso em 2017, quando partes dos corpos das vítimas foram descobertas em sua residência.
Shiraishi confessou ter assassinado e esquartejado suas vítimas, a maioria mulheres jovens que ele atraiu pelo Twitter. A série de crimes provocou debates sobre como o suicídio, um suposto interesse comum entre as vítimas, é discutido online.
Pena do Assassino do Twitter
O veredicto foi proferido em 15 de dezembro de 2020, e mais de 400 pessoas compareceram ao tribunal, mesmo com apenas 16 assentos disponíveis para o público. O Japão, um dos poucos países desenvolvidos que mantêm a pena de morte, ainda demonstra forte apoio popular a essa forma de punição.
Shiraishi utilizava o Twitter para atrair mulheres com tendências suicidas, prometendo ajudá-las a morrer e, em alguns casos, mencionava que se mataria ao lado delas. As vítimas, oito mulheres e um homem com idades entre 15 e 26 anos, foram estranguladas e esquartejadas entre agosto e outubro de 2017.
A descoberta macabra ocorreu durante o Halloween de 2017, quando a polícia encontrou nove cabeças e ossadas, incluindo braços e pernas, em sua residência na cidade japonesa de Zama, perto de Tóquio. A mídia local apelidou o local de “casa dos horrores”.
Apesar dos advogados de Shiraishi argumentarem por uma acusação menor de “assassinato com consentimento”, alegando que as vítimas haviam concordado com suas mortes, o juiz responsável pelo veredicto afirmou que “nenhuma das vítimas concordou em ser morta”. Naokuni Yano declarou que o réu era totalmente responsável pelos assassinatos brutais.
Atenção: O Centro de Valorização da Vida (CVV) dá apoio emocional e preventivo ao suicídio. Se você está em busca de ajuda, ligue para 188 (número gratuito) ou acesse www.cvv.org.br.
