A filha de Elize Matsunaga, que tinha apenas 9 meses quando o crime ocorreu, soube que a mãe matou o pai, Marcos Matsunaga, de uma forma traumática.
A vítima era diretor da Yoki, empresa tradicional do ramo de produtos alimentícios, e foi assassinado em 2012 dentro do apartamento da família em um prédio de luxo de São Paulo. A menina estava no apartamento na noite do crime e, com o desenrolar da história, foi levada para a casa dos avós paternos, onde foi cuidada e criada.
Entretanto, procurando preservar ao máximo a sanidade mental da criança ao longo do tempo, os avós responsáveis pela menina decidiram que o melhor a se fazer era ocultar a existência do crime durante a fase de crescimento. Com isso, conforme crescia, passou a chamar os avós de “pais” e assim os reconhecia.
Como ela soube?
O biógrafo de Elize Matsunaga, o jornalista Ulisses Campbell, em entrevista ao UOL, revelou que “um coleguinha falou [com a menina] sobre alguma festa e perguntou se os pais dela iriam. Ela disse que sim, mas o menino disse: ‘Não vai, porque teu pai foi assassinado pela sua mãe, que era garota de programa'”.
Traumatizada com a informação, a menina passou a ter consultas frequentes com psicólogo, o que hoje, com 12 anos, ainda é necessário para que lide com o tamanho trauma.
