Confirmada uma possível motivação para o assassinato de Marielle Franco
O caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes segue em investigação pela Polícia Federal, mesmo cinco anos após o acontecido. Agora, o caso conta com a delação de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, o autor dos disparos e o motorista do carro utilizado na noite dos crimes, respectivamente.
Em depoimento, Ronnie Lessa delatou Domingos Brazão com um dos mandantes da morte de Marielle Franco, que aconteceu no dia 14 de março de 2018. Agora, a PF também busca saber qual foi a motivação do crime que chocou o Brasil e o mundo.
Até o momento, a linha de investigação principal da polícia é que o assassinato de Marielle Franco tenha sido encomendado por conta de uma vingança de políticos do MDB contra a ex-vereadora e o deputado estadual Marcelo Freixo, ambos do PSOL. Desta forma, um desentendimento entre as figuras políticas teria motivado o crime bárbaro.
Relembre caso Marielle Franco
No dia 14 de março de 2018, Marielle Franco participou do evento Jovens Negras Movendo as Estruturas. Ao sair do local, a vereadora se encontrou com o motorista Anderson Gomes e, no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, o veículo foi alvejado com 13 disparos. A arma usada no crime foi uma submetralhador HK MP5, de fabricação alemã, usada por Ronnie Lessa.
A motivação, por sua vez, pode estar ligada à Operação Cadeia Velha, deflagrada cinco meses antes do assassinato, onde Marcelo Freixo atuou ativamente na ação. Isso porque o deputado defendeu a prisão de três deputados perante a Assembleia Legislativa: Paulo Melo, Jorge Picciano (morto em 2021) e Edson Albertassi – esse último que indicou seu ex-colega de partido, Domingos Brazão, para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.
Desta forma, autoridades levantaram a hipótese de que a movimentação de Freixo contra os políticos do MDB tenham motivado o atentado contra Marielle Franco, já que ela trabalhou no gabinete do deputado ao longo de 10 anos.