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Crimes no futebol: A sucessão de casos de abusos contra mulheres que continuam acontecendo

No dia 20 de março, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidirá sobre o destino de Robson de Souza, mais conhecido como Robinho, após a sentença da Justiça italiana que o condenou por participação em estupro coletivo em 2013. O caso envolveu uma jovem de ascendência albanesa e ocorreu no Sio Café, em Milão.

Embora tenha sido condenado a nove anos de prisão em 2022, Robinho permanece em liberdade no Brasil devido à proibição constitucional de extradição de brasileiros natos. No entanto, deverá cumprir pelo menos 40% da pena em regime fechado, conforme especialistas em Direito Penal.

Seu destino em uma possível prisão será uma penitenciária reservada para criminosos sexuais, devido à aversão generalizada dentro do sistema prisional a estupradores. 

Especialistas afirmam que estupradores são vistos como uma ameaça até mesmo pelos próprios detentos, o que torna necessário um isolamento para sua segurança.

Atualmente, a decisão sobre a penitenciária para cumprimento da pena fica a cargo do juiz de Execuções Penais, mas especialistas sugerem que a escolha entre a Penitenciária de Lucélia ou a Parada Neto, em Guarulhos, seria mais adequada.

Casos de jogadores de futebol

Outro caso de destaque é o de Daniel Alves, também condenado por estupro na Espanha, que atualmente cumpre pena reduzida devido a um acordo financeiro com a vítima.

Esses casos refletem a necessidade de reformas nas leis relacionadas ao estupro no Brasil, a fim de garantir punições mais eficazes e integrais para os criminosos. 

Especialistas observam que a sociedade brasileira ainda enfrenta questões profundas de machismo e impunidade, mas casos como os de Robinho e Daniel Alves indicam uma mudança na percepção sobre a responsabilização pelos crimes sexuais.

Além disso, a violência no Brasil continua sendo uma preocupação, com o uso da violência como uma ferramenta aceitável para resolver conflitos. Especialistas atribuem parte desse cenário ao apoio histórico ao armamentismo, que perpetua uma cultura de impunidade e violência.

Enquanto isso, outros casos famosos, como a detenção de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis em 2020 por uso de passaportes falsos, e a condenação do goleiro Bruno pelo assassinato de Eliza Samudio em 2010, continuam a gerar polêmica e reflexão sobre a aplicação da justiça no país.

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