Defesa de padre Egídio pede prisão domiciliar, suspeito de desviar R$ 140 milhões
A defesa do padre Egídio, ex-diretor do Hospital Padre Zé, apresentou um pedido de prisão domiciliar à 4ª Vara Criminal de João Pessoa. O religioso está atualmente detido no Presídio Especial do Valentina, na capital paraibana, desde a última sexta-feira (17), sob a acusação de desviar R$ 140 milhões dos cofres da instituição de saúde.
A solicitação da defesa se fundamenta em alegações de problemas de saúde física e mental do padre Egídio. Segundo os advogados, o religioso enfrenta comorbidades que comprometem sua saúde física, e uma profunda depressão seria responsável pelos problemas de ordem emocional.
Argumento para sentença do padre Egídio
A prisão domiciliar, argumentam, seria essencial para garantir um ambiente propício à recuperação do acusado. Contudo, a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap) contradiz a narrativa da defesa em nota divulgada nesta terça-feira (21).
Segundo a Seap, Padre Egídio, de 56 anos, apresenta um bom estado de saúde desde sua prisão. Além disso, a nota esclarece que apenas os advogados do religioso têm permissão para visitá-lo, e ele não realiza atividades ao ar livre no presídio, como o banho de sol.
O padre Egídio de Carvalho foi afastado de suas funções religiosas pela Arquidiocese da Paraíba no final de setembro, em decorrência das investigações em curso. A Arquidiocese divulgou uma nota, reafirmando seu compromisso em colaborar integralmente com as investigações em andamento. O pedido de prisão domiciliar agora está sob análise da 4ª Vara Criminal.