Diego Dirísio: conheça o maior contrabandista e suspeito de armar facções brasileiras
A Polícia Federal deflagrou uma operação contra um grupo suspeito de fornecer 43 mil armas para as principais facções do Brasil, movimentando cerca de R$ 1,2 bilhão. No centro desta investigação está Diego Hernan Dirísio, argentino considerado o maior contrabandista de armas da América do Sul.
A PF realizou buscas na casa de Dirísio em Assunção, capital do Paraguai, mas ele conseguiu fugir e ainda não foi localizado.
Entenda o que fazia Diego Dirísio
Diego Dirísio conduzia suas atividades por meio da Empresa Internacional Auto Suply (IAS), sediada no Paraguai. A investigação revelou que ele coordenava todas as operações da empresa, realizava tratativas diretas para a venda e revenda de armas, ciente de que essas seriam destinadas ao crime organizado.
O superintendente da PF, Flávio Albergaria, afirmou que ele era o comandante da principal empresa importadora de armas da Europa.
A Justiça da Bahia, responsável pela operação, determinou que os alvos de prisão no exterior, como é o caso de Dirísio, sejam incluídos na lista vermelha da Interpol. Em caso de prisão, eles deverão ser extraditados para o Brasil.
A investigação teve início em 2020, quando pistolas e munições foram apreendidas em Vitória da Conquista, na Bahia, com números de série raspados. A PF, por meio de perícia, conseguiu avançar nas investigações, totalizando 659 armas apreendidas em diversos estados brasileiros.
O processo está em andamento na 2ª Vara Federal de Salvador, que emitiu 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 54 de busca e apreensão em três países: Brasil, Paraguai e Estados Unidos. A operação visa desmantelar esse esquema de contrabando de armas que abastece facções criminosas no Brasil.