Uma imagem falsa associando o MInistro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes voltou a circular recentemente no Twitter.
A foto adulterada mostra presidiários segurando dois cartazes: um com a frase “PCC. Paz, justiça e liberdade” e o outro, “Alexandre de Moraes no STF”.
Na imagem verdadeira, feita em 14 de maio de 2006 pelo fotógrafo Alex Silva, da Agência Estado, contém a frase “Contra a opressão” em seu segundo cartaz.
Feita durante uma rebelião de presidiários em Junqueirópolis (SP), em meio à onda de ataques da facção naquele ano, a foto foi adulterada digitalmente para fazer crer que os detentos estavam pedindo a nomeação de Moraes para o STF, tentando associar sua imagem ao grupo criminoso.
Está mesma imagem já havia viralizado em 2019 e 2022. Naquele primeiro ano, a foto tomou as redes sociais semanas após o ministro alvo suspender a nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal; Ramagem era escolha do ex-presidente Jair Bolsonaro para o cargo e sua indicação levou o ex-ministro da Justiça Sergio Moro a pedir demissão e acusar o presidente de tentar interferir na Polícia Federal.
Já em 2022, a mesma imagem começou a circular no exato dia em que o ex-presidente Bolsonaro disse que iria pedir ao Senado que se instaurasse um processo de impeachment contra Moraes e Luís Roberto Barroso, também ministro do STF. Foi Moraes quem determinou a prisão de Roberto Jefferson, então aliado de Jair.
Agora, com a viralização recente de um vídeo que mostra um grupo de bolsonaristas xingando Alexandre de Moraes e agredindo fisicamente seu filho no aeroporto de Roma, a imagem é trazida a tona novamente pelo grupo apoiador do ex-presidente com fins de justificar o crime cometido e fazer parecê-lo razoável moralmente.
O incidente segue sendo investigado pelas autoridades.