Equador: mais de 15 presos são recapturados e 70 novos detidos
O segundo dia da onda de violência no Equador resultou em 70 novas detenções e 15 recapturas, enquanto o país enfrenta uma escalada de caos e crimes.
O presidente Daniel Noboa, em resposta aos eventos tumultuados, decretou “conflito armado interno” na última terça-feira (9), buscando conter a situação crítica.
Caos no Equador
Nas últimas horas, várias cidades equatorianas testemunharam invasões, explosões e sequestros, com relatos da imprensa local apontando oito pessoas mortas e duas feridas em Guayaquil, e mais duas mortes em Nobol.
Diante do cenário caótico, o governo autorizou as Forças Armadas a realizar operações para neutralizar grupos criminosos, enquanto o Ministério da Saúde anunciou a suspensão dos atendimentos ambulatoriais em hospitais e centros de saúde públicos em todo o país.
A crise teve início na segunda-feira (8) após a fuga de “Fito,” líder da facção criminosa “Los Choneros.” O governo, planejando transferir Fito e outros líderes de facções para uma prisão de segurança máxima, declarou estado de exceção, instituindo toque de recolher e restringindo direitos civis.
Na terça-feira, a violência intensificou-se com sequestros, invasões, e relatos de novas fugas de criminosos. A TV estatal TC Televisión em Guayaquil foi invadida por homens armados, enquanto uma universidade suspendeu as aulas devido à invasão. Pelo menos oito pessoas morreram e duas ficaram feridas em Guayaquil, evidenciando a gravidade da situação.
Diante da crescente violência, o presidente Noboa declarou conflito armado interno, identificando 22 facções criminosas como organizações terroristas. As Forças Armadas receberam autorização para operações militares contra os grupos criminosos, respeitando os direitos humanos. A medida resultou em detenções, recapturas e apreensões de armas de fogo, explosivos e veículos.
A crise levou a suspensão das aulas presenciais em todo o país, apoio unânime dos partidos políticos ao governo contra o crime organizado, militarização de locais estratégicos em Quito, reforço policial na fronteira com o Peru, e acompanhamento cauteloso do Brasil à situação equatoriana.