Alan Severiano já foi assistido por diversos telespectadores de todo o Brasil por precisar assumir, em certos momentos, o comando do Jornal Hoje desde 2021, substituindo Maju Coutinho e César Tralli. O âncora oficial do SP1 revelou, em entrevista exclusiva para a CARAS Digital, como se sentiu ao ficar no lugar de Tralli e ainda contou como iniciou sua carreira na TV Globo.
O comunicador relembra que seu amor pelo jornalismo começou antes de pensar em ser um jornalista. De acordo com ele, a profissão aconteceu como uma espécie de ‘visão’ dos seus pais.
“Um tempo atrás, quando eu já trabalhava na área, meus pais foram arrumar umas coisas antigas na casa deles e encontraram um “livro do bebê”, que compraram quando eu nasci. Em 1976, eles tinham completado a frase “Quando crescer, eu vou ser…” com a palavra “jornalista”, relembrou.
Alan ainda confessou seu amor pela escrita e o que desejava ao escolher jornalismo: “Gostava de escrever, buscava uma carreira com menos rotina e mais impacto social, e mudei de rumo”, explicou.
Além disso, o comunicador falou sobre suas experiências antes da TV Globo.
“Fiz estágio na TV Universitária, em Natal, minha primeira grande escola prática. No dia em que me formei na UFRN, uma amiga da família viu no jornal um anúncio de seleção para trainee na TV Cultura de São Paulo, recortou e deixou lá em casa. Um mês depois, viajei, passei no teste e, na sequência, comecei na reportagem. Foram três anos de aprendizado e amizades que duram até hoje”, relembrou.
Alan Severiano na TV Globo: “disse ‘sim’ na hora”
Após todas as experiências, a oportunidade bateu na porta de Alan Severiano. Aos 24 anos, o jornalista conseguiu entrar na Globo.
“Apresentava na Cultura o ‘Matéria Pública’, um programa diário e ao vivo que misturava notícias com entrevistas na hora do almoço. Um dia, quando cheguei em casa, tocou o celular. A moça disse que era secretária do diretor de jornalismo da Globo em São Paulo, e que ele queria falar comigo. Sentei na cama, ouvi o convite e disse ‘sim’ na hora”, contou.
Ele contou que entrar na emissora foi a realização de um grande sonho, mas que não foi nada fácil conquistar o seu espaço profissional.
“Era um desejo antigo trabalhar na Globo, a emissora que cresci assistindo, com tantos profissionais excepcionais que me inspiraram muito. Parentes e amigos viviam dizendo: “um dia, vamos te ver no Jornal Nacional”. Mas o caminho não teve atalhos. Foi como apertar um botão reset. Comecei na reportagem da madrugada, cobrindo os crimes da Grande São Paulo. Um trabalho duro, mas que ensina bastante sobre a cidade, a profissão e a vida”, falou.
Severiano passou anos trabalhando como repórter. Alan iniciou na bancada para substituir Carlos Tramontina no SP2 e para apresentar o quadro da ‘Covid/Vacina’ no Jornal Nacional. Um pouco depois, em outubro de 2021, a proposta para ser âncora do SP1 no lugar de César Tralli chegou aos seus ouvidos. O comunicador falou sobre a responsabilidade de estar à frente de um jornal diário.
“É um aprendizado diário. A responsabilidade como titular é diferente. Você se torna a cara do jornal. O lado bom da ancoragem é mesclar a visão geral dos assuntos da cidade alinhavados pelo apresentador com a apuração, a alma do repórter, que sempre fui e sempre serei”, disse.
O jornalista ainda contou como a família, que mora em Natal, Rio Grande do Norte, reage ao vê-lo na TV todos os dias: “Quando faço o ‘Jornal Hoje’, minha família em Natal assiste ao vivo, minha mãe fica comentando postura, dicção etc. É como se eu tivesse um ombudsman [contratado da empresa, que, de maneira independente, critica o material desenvolvido]. É um prazer cobrir as férias do Tralli, com quem aprendo sempre”.