O Brasil enfrenta uma triste realidade com o registro de 772 feminicídios entre janeiro e junho de 2023, marcando um aumento de 2,6% em comparação ao mesmo período em 2022, conforme revelado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Essa estatística, baseada nos dados das Secretarias Estaduais de Segurança Pública, representa o maior número da série histórica desde 2019, evidenciando uma preocupante escalada da violência contra as mulheres.
Feminicídios têm cada vez mais casos
O estado de São Paulo destaca-se com um alarmante aumento de 33,7% nos casos de feminicídio. Espírito Santo e Minas Gerais também enfrentam altas significativas, com aumentos de 20% e 11%, respectivamente. O Distrito Federal, por sua vez, vive uma situação crítica, com um aumento impressionante de 250% nos feminicídios no primeiro semestre de 2023.
O FBSP enfatiza a necessidade urgente de ações eficazes para combater essa escalada alarmante. Políticas de prevenção, proteção às vítimas e punição rigorosa aos agressores tornam-se imperativas para reverter essa tendência preocupante e proteger as mulheres em todo o país.
“Em São Paulo, que teve crescimento bastante expressivo, a gente tem recebido relatos de como a rede de acolhimento tem sido desmontada, como não tem sido prioridade o funcionamento dessa rede. Como se precarizou esse atendimento e a articulação dos serviços, especialmente Município e Estado, que são eles que recebem essa mulher, que são a porta de entrada dessa mulher”, informa a diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno.
“É o maior número que já registramos, só de meninas e mulheres. Se fôssemos considerar também vítimas do sexo masculino, esse dado seria ainda maior. O que a gente vive hoje no Brasil é uma epidemia de violência sexual”, conclui Samira.
