Ted Bundy foi condenando pela justiça à cadeira elétrica em 1979 e por 10 anos tentou, via apelações judiciais e sem sucesso, tentar se livrar da pena capital que havia recebido. Uma de suas estratégias para demonstrar à justiça que estava cooperando e que não merecia morrer por seus mais de trinta assassinatos foi a de falar detalhes de mortes que até então não estavam tão bem solucionadas.
Foi assim que o caso de Georgann Hawkins tornou-se um dos mais cruéis narrados pelo famoso serial killer.
Morta após sair da casa do namorado em 1974, seu caso tomou proporções midiáticas na época em que aconteceu, mas, assim como o caso de até então cinco outras mulheres, foi sendo esquecido e esfriado mediante a falta de provas que levassem ao nome de um suspeito.
Detalhes por Ted Bundy
Ted contou aos policiais que, após Georgann sair da casa do namorado, se aproximou da vítima mancando de muletas e deixou cair sua pasta como uma estratégia para atraí-la. Assim, pediu ajuda a Hawkins para que ela levasse a pasta até seu carro enquanto se arrastava ao estacionamento que estava cerca de 200 metros à frente.
A menina, acreditando em Bundy, o acompanhou enquanto ele realizava seu teatro. Porém, ao se abaixar para colocar a pasta no veículo indicado por Ted, o homem rapidamente soltou as muletas, agarrou um pé de cabra que estrategicamente já havia separado e nocauteou Georgann com um único golpe na cabeça, a colocando dentro do carro.
Enquanto dirigia, Bundy narrou que Hawkins retomou sua consciência e começou a falar coisas que para ele não faziam sentido – algo sobre uma prova de espanhol que tinha que fazer – o que o irritou e o motivou a novamente apagá-la com o pé de cabra.
Chegando teoricamente ao Lago Sammamish, em Washington, Bundy tirou sua vítima inconsciente do carro e, segundo ele, a estrangulou até a morte com um pedaço de corda. Retornando ao local três dias depois, Ted afirmou que decepou a cabeça de Georgann e enterrou em uma floresta rochosa próxima.
A fim de eliminar evidências, Bundy retornou ao estacionamento no dia seguinte ao crime para recolher o que ali tivesse, conseguindo recuperar os brincos de argola que foram arrancados da orelha de Hawkins com o nocaute e um dos sapatos que havia caído enquanto colocava a mulher no carro.
Com a confissão, a polícia foi ao local indicado por Bundy como sendo o do suposto enterro do crânio de Georgann, mas nada foi encontrado durante os muitos dias de busca.
Com isso, Hawkins consta como pessoa desaparecida até os dias de hoje.
