A torre Eiffel, considerada um dos pontos turísticos mais famosos do mundo, está fechada pelo terceiro dia consecutivo em Paris, na França. O motivo é uma greve promovida pelos seus funcionários, que denunciam a gestão financeira da empresa que opera o momumento. As informações foram confirmadas por dois sindicatos para a AFP.
Nada Bzioui, delegada sindical do Força Operária, descreveu que os trabalhadores estão “decididos”. “Temos a impressão de que eles não estão fazendo nada”, apontou. “Me surpreenderia se [a torre Eiffel] abrisse amanhã [quinta-feira”, dando a entender que o ponto turístico continuará fechado ao long da semana.
A greve tem como objetivo “denunciar a gestão atual” do monumento. Até o momento, as negociações foram concluídas sem chegar a um acordo entre a empresa e os trabalhadores. Os sindicatos apontam que a prefeitura impõe um modelo de negócio “insustentável” por conta do desequilíbrio entre o preço dos ingressos e os gatos. A pandemia de covid-19, por sua vez, também teria influência nisso.
Empresa se pronuncia
Em comunicado, a empresa SETE informou que as visitas ao monumento estão interrompidas e recomendou que os turistas adiassem sua visita por enquanto. Turistas estrangeiros, por sua vez, se mostraram frustrados com a situação.
Já os sindicatos CGT e FO pedem à prefeitura de Paris que seja mais “razoável nas suas exigências financeiras para garantir a sobrevivência do monumento e da empresa que o explora”. Alexandre Leborgne, do CGT, a instância municipal “recusa-se a negociar neste momento”.
Vale lembrar que a greve acontece meses antes dos Jogos Olímpicos de Paris, que acontece na cidade entre os dias 26 de julho e 11 de agosto. A torre Eiffel, por sua vez, recebeu 6,3 milhões de visitantes ao longo de 2023 – número exponencialmente maior que 2019, ano pré-pandêmico.