Grupo torturava, matava e comia o corpo somente de pessoas ricas na Coreia do Sul
O impacto de anos no sistema penitenciário pode moldar de maneiras diversas o destino de um condenado na Coreia do Sul.
Enquanto muitos almejam uma nova vida ao retornarem para casa, alguns, como os membros da infame Família Chijon, emergem das celas alimentados por raiva, sede de vingança e um insaciável desejo por riqueza, culminando em uma série de crimes hediondos que aterrorizou o país de 1993 a 1994.
Como começou o canibalismo
No centro dessa história sombria está Kim Ki-hwan, liberado aos 26 anos, nutrindo um ódio profundo pela elite sul-coreana.
Com esse sentimento como combustível, fundou a gangue Mascan em 1993, composta por ex-presidiários compartilhando do mesmo rancor. Seu plano inicial era extorquir famílias ricas através de sequestros, mas a ambição logo os levou a caminhos mais nefastos.
Não satisfeitos com os resgates, a gangue, composta por seis membros, passou a realizar assassinatos brutais, muitas vezes seguidos de canibalismo, como uma forma bizarra de renúncia à humanidade.
Uma mudança de tática em setembro de 1994 envolveu a compra de uma lista de consumidores ricos, aproveitando a insatisfação de um funcionário.
A terrível saga chegou ao fim quando uma das vítimas conseguiu escapar, denunciando os criminosos à polícia em setembro de 1994.
A Família Chijon foi condenada à morte em novembro de 1994, sem demonstrar remorso durante o julgamento. Um ano depois, em 2 de novembro de 1995, todos os membros foram executados.
O filme “Non Fiction Diary” revisitou a história duas décadas depois, trazendo à luz as entrevistas com personagens reais, incluindo detetives, o executor da pena de morte e uma freira.