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Há 20 anos começava a Guerra do Iraque: veja o que foi e quanto tempo durou

Após sofrer com os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos decidiram que era necessário travar uma “guerra contra o terror”, apontando os governos que poderiam representar riscos à paz do país, bem como a de todo o globo. Nesse sentido, o então presidente estadunidense George W. Bush e seu departamento de Conselho de Estado passaram a fazer uma campanha política pregando a intervenção no chamado “eixo do mal”.

Entre os países que integravam esse “grupo do mal”, estaria o Iraque, na época, liderado pelo ditador Saddam Hussein.

A ocupação americana

Os EUA, no ano de 2002, tentavam por meio da Organização das Nações Unidas, a ONU, provar que o governo do Iraque guardava consigo um poderoso arsenal de armas químicas. Partindo dessa premissa criada por seu governo, Bush ameaçou atacar o Iraque caso o este não realizasse a destruição de seu teórico arsenal militar. Entretanto, vários inspetores da ONU, em visita ao Iraque não conseguiram obter provas concretas das acusações feitas pelos Estados Unidos.

Insistindo na veracidade de suas denúncias, o governo estadunidense pediu autorização ao Conselho de Segurança da ONU para que pudesse promover a invasão militar do país. Sem ter provas que justificassem a invasão, a ONU decidiu vetar a proposta. Contudo, ignorando completamente a decisão da ONU, George W. Bush buscou apoio do governo britânico para que, juntos, promovessem a invasão militar do Iraque.

Assim, no mês de março de 2003, militares norte-americanos e britânicos deram início aos ataques que logo tomaram o controle da cidade de Bagdá. Cinco dias após o primeiro atentado, os bombardeios à capital e o confronto com o exército iraquiano contabilizavam mais de mil mortes. No mês seguinte, Bagdá foi totalmente tomada pelos ataques.

Em maio do mesmo ano, a ONU decidiu suspender todos os embargos econômicos há tanto tempo impostos ao Iraque e reconhecer a chamada Autoridade Provisória de Coalizão, que tinha a missão de controlar o país. No final de 2003, as tropas invasoras conseguiram capturar o foragido ditador Saddam Hussein. De maneira célere, o preso sofreu um processo criminal que o levou à pena de morte, sob a acusação de ter cometido diversos crimes contra a humanidade.

Nos dois anos seguintes, a bem sucedida ocupação americana sofreu com a oposição de grupos terroristas.

Em 2005, a população iraquiana foi às urnas para que escolhessem os membros integrantes de uma nova Assembléia Constituinte. Ao mesmo tempo, dados apontavam que os atentados terroristas contra as forças estrangeiras alcançavam a faixa de noventa ataques por dia.

Durante esse período, dados não oficiais ofertavam que mais de 100 mil civis foram mortos na guerra. Enquanto isso, as nações responsáveis pela invasão tentavam convencer a opinião pública de que estavam apenas garantindo a implantação de governos “justos” e “democráticos” pelo globo.

Os Estados Unidos nunca conseguiram provar as alegações de que o Iraque possuía um perigoso arsenal bélico de destruição em massa em todo o período conflituoso, que durou até o dia 15 de dezembro de 2011 – cerca de 9 anos – com a saída das ultimas tropas atacantes.


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