Conhecido pelas mortes brutais que inspiraram a série “American Horror Story: Hotel” um documentário da Netflix, o Hotel Cecil, foi reaberto em dezembro de 2021 como moradia popular para pessoas de baixa renda em Los Angeles. Porém, conforme informações do youtuber Peet Montzingo, que mora próximo ao atual Hotel Cecil Apartments, o prédio não parece estar totalmente aberto ao público.
O antigo Cecil Hotel, conhecido por suas histórias macabras, enfrenta uma série de polêmicas. Segundo Peet Montzingo, que fez uma visita no local, contou que o lobby está fechado para visitantes e a movimentação no local é mínima, levantando dúvidas sobre a taxa de ocupação das 600 unidades disponíveis. O youtuber Peet Montzingo relata que a entrada pode ter sido realocada para evitar curiosos no lobby, sendo expulso no dia da inauguração por conta de seus vídeos sobre o prédio.
O Skid Row Housing Trust, atual administrador do local, explicou que o evento era restrito a convidados e que a baixa movimentação é comum no primeiro ano de operação, onde a ocupação esperada é de 90%. Apesar das explicações, ainda surgiram vários rumores sobre o antigo hotel.
Tragédias no Cecil Hotel
Inaugurado em 1924, com uma grande estrutura de 14 andares, o Cecil Hotel era inicialmente destinado a receber empresários e turistas. No entanto, com a Grande Depressão em 1929, o hotel enfrentou dificuldades financeiras e tornou-se um local frequentado por prostitutas, criminosos e dependentes químicos. Contudo, a “má sorte” começou em 1927, quando um hóspede, Percy Ormond Cook, se suicidou após um rompimento com sua ex-mulher e filho.
Entre 1931 e 1938, outros três homens tiraram sua própria vida ali: W.K.Norton, Louis D.Borden e Roy Thompson. Além das mortes, outros oito hóspedes ainda sofreram quedas misteriosas, que não foram confirmadas como acidentais ou intencionais.
Foram eles: Grace E. Margo (1938), Robert Smith (1947), Helen Gurnee (1954), Julia Frances Moore (1962), Alison Lowell (1975), e outros dois homens não identificados em 1992 e 2015.
Casos marcantes
Marcado por tragédias, O Cecil Hotel, se tornou famoso pelos acontecimentos mais misteriosos que mundo já viu. Prova desse fato foi em 1944, quando uma jovem deu à luz um bebê no banheiro do hotel e, acreditando que fosse natimorto, o jogou pela janela, resultando em sua morte. Três anos depois do ocorrido, Elizabeth Short, a Dahlia Negra, foi assassinada nas proximidades do hotel, embora não estivesse hospedada lá.
Nos anos 60, o local testemunhou o suicídio-homicídio de uma mulher que caiu do prédio sobre um pedestre e foi palco de crimes cometidos por um escritor austríaco. E, por fim, talvez esse seja o mais conhecido de todos. Elisa Lam, uma jovem canadense com transtorno bipolar, que desapareceu dentro do hotel e foi encontrada morta na caixa d’água na cobertura após várias teorias da conspiração. Sua morte foi considerada acidental, mas o Cecil Hotel continua atraindo interesse e curiosidade pelo seu histórico sombrio.
