Informações apontam que presidente da CBF teria dado aumento a responsável por investigação de assédio
Ednaldo Rodrigues, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF, é suspeito de aumentar o salário do presidente da Comissão de Ética do órgão para que uma denúncia de assédio fosse arquivada. As informações são da ESPN.
Tudo começou quando, no dia 7 de janeiro, a ex-diretora de patrimônio da CBF, Luísa Rosa, enviou uma denúncia de infração, além de pedir o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues do cargo. Na declaração, ela também cita Hélio Menezes Júnior, diretor de governança e conformidade da instituição.
Luísa Rosa argumentou que as investigações acerca dos assédios ficariam comprometidas caso os dois seguissem normalmente em suas respectivas funções. Vale lembrar que Ednaldo Rodrigues estava afastado da presidência da CBF, mas retornou devido uma liminar do STF, emitida no dia 4 de janeiro.
Presidente da CBF aumenta salário de diretor
Após voltar ao seu cargo, Ednaldo Rodrigues soube da acusação de Luísa Rosa e optou por aumentar o salário do presidente da comissão de ética da entidade um dia seguinte à denúncia, no dia 8 de janeiro.
O aditivo de salário foi assinado por Ednaldo, Hélio e também o diretor financeiro da CBF, Valdecir de Souza, garantindo que Carlos Renato de Azevedo Ferreira recebesse um aumento de 25%, com seu salário passando de R$ 40 mil para R$ 50 mil mensalmente. O documento, obtido pela ESPN, argumenta que o aumento da remuneração se deu pela “prestação de serviços e cessão de direitos”, para que se possa “desempenhar as atribuições próprias do exercício do cargo de presidente da comissão de ética do futebol brasileiro”.
Dois dias após o tal aumento salarial, Carlos Renato arquivou a denúncia contra Ednaldo e Hélio, além da acusação enviada pela ex-diretora Luísa Rosa, que havia anexado nos documentos desenhas de conversas e e-mails que demonstravam episódios de assédio moral e constrangimento.