Inquéritos sobre desaparecimentos de crianças nos anos 90 permanecem abertos
O Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) da Polícia Civil do Paraná revelou que oito inquéritos sobre desaparecimentos de crianças na década de 90 ainda permanecem abertos há mais de 30 anos no estado.
Esses casos remontam ao período em que Leandro Bossi e Evandro Ramos Caetano desapareceram em Guaratuba, no litoral paranaense, e cujos desfechos trágicos permanecem sem autoria definida.
Investigações sobre desaparecimentos
Ao considerar as investigações desde 1986, o número de inquéritos em aberto sobe para 25, envolvendo três casos nos anos 80, oito nos anos 90 e 14 nos anos 2000. A delegada Eliete Aparecida Kovalhuk assegurou que esses casos não foram abandonados e continuam sendo investigados.
“A cada pista que aparece, a cada indício que é comunicado aqui, fazemos as diligências necessárias pra tentar apurar ou descartar, o que muitas vezes acontece. A equipe prontamente faz as investigações pra poder apurar a veracidade, e essas questões, apesar de haver aí 25 casos em aberto, todas as diligências são sempre feitas assim que chegam as pistas“, afirmou a delegada.
Para avançar nas investigações e obter informações que possam levar à solução desses desaparecimentos, a polícia utiliza uma tecnologia conhecida como “Progressão de Idade Digital.”
Essa técnica, desenvolvida no Paraná a partir de 1990, simula como estariam as crianças desaparecidas na idade atual.
O envelhecimento digital utiliza fotografias das crianças, analisa o perfil da cabeça e busca desenvolver uma representação atualizada, pesquisando em um banco de dados com diversos padrões de formatos de cabeças.
Essa abordagem visa proporcionar uma visão mais realista de como as crianças desaparecidas poderiam se parecer atualmente, contribuindo para a identificação e resolução desses casos dolorosos.